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1º MÊS DO ANO

Ocupação nos hotéis em janeiro ainda é incerta

Possibilidade de novos decretos no primeiro mês do ano põe segmento em alerta

02 janeiro 2021 - 10h15Por Julian Viana

Adeus ano velho, feliz ano novo. No meio do caminho, no entanto, ainda a pandemia do Covid-19 – embora a imunização já desponte no horizonte de 2021. Na rede hoteleira, o resultado é apreensão. Para o mês de janeiro, um dos mais aguardados pelos empresários do setor, a incerteza dá o tom dos prognósticos. Muitos acreditam que novo decreto alterando a taxa de ocupação poderá ser baixado nos próximos dias. Além disso, mesmo com o teto de ocupação, a procura é pequena, diz o ex-presidente da Associação de Hotéis de Cabo Frio, Carlos Cunha, que assumirá o cargo de secretário adjunto de Turismo em Cabo Frio. A entrevista foi realizada na época que ele ainda era presidente da associação.

– Hoje, nossa ocupação permitida por decreto é de 50%. Nós, da Associação de Hotéis de Cabo Frio, achamos esse percentual muito pequeno. Desses 50%, vendemos tudo para o Réveillon. Para o mês de janeiro, a procura está muito fraca, ainda mais neste momento que a gente está vivendo da pandemia. 

De outro lado, Carlos Cunha enfatiza que as pessoas têm o costume de deixar para fazer as reservas na última hora e que isso gera a esperança de um movimento melhor. 

– Não temos uma noção de porcentagem exata porque tudo vai depender do que for permitido no próximo decreto que será publicado – conta. 

Mariana Alves, presidente da Associação de Meios de Hospedagem na cidade de Arraial do Cabo (AMHAR), conta que a partir do dia 10 de janeiro a taxa de ocupação não chega a 50%. Atualmente, o limite permitido por decreto é de 70%.
 
– Nós estamos com um decreto vigente de ocupação de 70% dos leitos. Existem até meios de hospedagem que estão com menos por conta do que aconteceu recentemente na cidade de Búzios para o Réveillon. Para o mês de janeiro, a situação está um pouco pior. A partir do dia 10 de janeiro, por exemplo, a taxa de ocupação não está chegando nem a 50% na maioria das pousadas.

Ela inda lamenta a queda nas vendas e a baixa procura. 

– Estamos esperançosos para saber quais medidas o prefeito eleito irá adotar. Nós, da hotelaria, somos os primeiros a sermos prejudicados quando tem um lockdown ou uma diminuição da capacidade. Precisamos de uma fiscalização. Recentemente, contratamos até um carro de som para alertar as pessoas que circulam nas ruas da cidade sobre o uso de máscaras. Tudo isso para tentar evitar a propagação do vírus.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Armação dos Búzios, Thomas Weber, conta que a ocupação hoteleira durante o período do Natal ficou comprometida depois de tudo que circulou na mídia a respeito do lockdown no município. Ele conta que o episódio gerou muitos cancelamentos no Réveillon e para o mês de janeiro. 

 – Em função das notícias do lockdown dos últimos dias, tivemos alguns cancelamentos e a venda continua sendo reativada. Acredito que o mês de janeiro tenha a ocupação de 40 ou 50%, dependendo das condições do tempo, né? O público nacional é muito dependente do clima. Então, se começar a chover, ele [público] vai embora – conta o presidente.