RODRIGO BRANCO
A ocupação da rede hoteleira de Cabo Frio para o Carnaval está perto do máximo, em 90%, mas inferior ao índice registrado no ano passado, que ficou em 95%. As informações foram passadas pelo presidente da Associação de Hotéis, Gastronomia, Comércio e Turismo de Cabo Frio, Carlos Cunha. A estimativa inicial, replicada pela Secretaria Municipal de Turismo, era chegar ao patamar de 2018, mas para Carlos Cunha, alguns fatores impediram que isso acontecesse até o início oficial da folia.
– A previsão do tempo não é das melhores, principalmente no Rio de Janeiro, que é de onde vem a grande massa. Tem a questão econômica também. Tivemos um mês de janeiro muito bom, as pessoas viajaram bastante. E tem o histórico do Carnaval, que não é data mais atrativa para as famílias em Cabo Frio – analisa o empresário.
Ontem, na orla da Praia do Forte, era possível ver um movimento maior do que o habitual, mas ainda sem a multidão que historicamente visita a cidade durante a folia de Momo. Apesar de a expectativa ser de casa quase cheia, na opinião do presidente da Associação Comercial e Industrial (Acia), EduardoRosa, isso não deve se reverter em grandes vendas no varejo nos próximos dias.
– Acredito que terá um movimento no segmento de bares e restaurantes, mas no comércio de confecção e moda praia não acredito que aconteça. Acho que a gente vai conseguir ver um reflexo melhor depois do Carnaval. O Carnaval caiu em março, já no período de aulas e de volta ao trabalho. Acho que as pessoas estão evitando despesas e o país ainda não alavancou um crescimento necessário para que as pessoas gastem um pouco mais do que podem – avaliou Rosa.
No Estado do Rio, uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio–RJ) apresenta números superlativos. O estudo apontaque o turismo interno fluminense movimentará cerca de R$ 3,5 bilhões no período do carnaval, considerando todos os gastos dos viajantes.
O levantamento indica que 26,2% da população fluminense adulta viajará no feriadão para destinos no Estado, interestaduais e internacionais, totalizando fluxo de cerca de cerca de 3,3 milhões de moradores de todo Estado do Rio. A pesquisa contou com a participação de 500 consumidores em todo o Estado do Rio, e foi apurada pelo Instituto Fecomércio RJ de Pesquisas e Análises, no período de 21 a 25 de fevereiro.
O turismo interno será responsável pelo fluxo de 18,2% da população maior de 18 anos residente no Estado. Isso significa o deslocamento de 2,3 milhões de pessoas dentro do Rio de Janeiro. O secretário de estado de Turismo do Rio de Janeiro, Otavio Leite, enxerga reaquecimento da atividade turística no Rio de Janeiro.
– A pesquisa revela a importância do carnaval como um período de diversão e/ou descanso para uma população que circula e consome serviços neste período. Esse é um fértil movimento que faz girar a roda da economia, gerando renda de forma espalhada e empregos, mesmo que sazonalmente. A ideia é trabalhar para que mais pessoas circulem e visitem o Rio de Janeiro – afirma