Quando o município de Cabo Frio tiver seu turismo reinventado, através de convênio da secretaria estadual de Turismo e Universidade Federal Fluminense (UFF), certamente, lá estará um novo atrativo da cidade: a observação de pássaros. Verdadeiros apreciadores da liberdade, estes observadores, que vêm das mais diferentes cidades, são pessoas interessadas em proteger e desfrutar da observação de aves em vida livre.
Embora muitos não saibam, Cabo Frio se notabiliza nesta prática que, nos últimos anos, vem sem ampliando e se organizando nas mais diferentes regiões do país. Aqui, um nome se desponta. Ele é o ambientalista Antônio Ângelo Trindade Marques, que, em 1996, começou a atividade de fotografar e identificar aves da fauna cabofriense. Hoje, a atividade resultou em um inventário fotográfico com mais de 180 espécies entre silvestres e aquáticas que voam por aqui.
Apesar de ser uma atividade antiga na Europa e nos Estados Unidos, o Brasil é um destino famoso, pois possui mais de 1.800 espécies. Cabo Frio, por sua localização geográfica, tem papel importante na migração de espécies de aves aquáticas que aqui encontram o descanso e alimentação necessários para longa jornada
Antônio Ângelo, entusiasmado com o que faz, garante que a observação de pássaros é capaz de atrair gente do mundo inteiro e, com mais entusiasmo ainda, fala do Formigueiro, um pássaro endêmico que está em extinção desde que Cabo Frio começou a ser impactada com a explosão imobiliária, isso já no início dos anos 80.
O formigueiro, conta Antônio Ângelo, é sempre encontrado na borda litorânea e nas áreas de restinga e só não desapareceu por completo por não ser um pássaro de gaiola. O formigueiro é uma ave negra, com manchas brancas nas asas e de canto contundente, mas não apreciado pelos criadores.
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