O verão chegou ao fim em março, mas ainda não se despediu dos cabofrienses. O termômetro instalado no centro da cidade têm marcado temperaturas que muitas vezes beiram ou ultrapassam a marca dos 30°C., mesmo depois das 18h. A sensação é de que o verão está teimando em ficar.
O meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Diogo Arsego, atribui o calor a uma circulação anticiclônica em toda Região Sudeste.
– A transição do verão, tanto no outono quanto na primavera, são caracterizadas por períodos com o tempo mais seco. Nos últimos dias, a gente tem um padrão de tempo mais seco sob o sudeste, com instabilidade concentrada no sul do continente: Argentina, Paraguai, Rio Grande do Sul e Uruguai. Na Região Sudeste, há um predomínio de circulação anticiclônica, que dificulta a nebulosidade e auxilia o aquecimento na superfície – explica.
Mas, para o meteorologista, a onda de calor está perto de acabar.
– Na quarta ou na quinta, está previsto o avanço de um sistema frontal pelo oceano. Ele deve trazer aumento da nebulosidade com pancadas de chuvas mais generalizadas. Por conta disso, haverá queda na temperatura – completa.
Calor aquece as vendas – O outono é a nova estação, mas as lojas de roupas de praia permanecem com ótima saída. O veranico de outono, por exemplo, tem colaborado para o bom movimento da vendedora Valéria Mello, 54, da Art e Biquini.
– Quando o sol começa a aparecer o movimento fica bom. Está ajudando muito. Acredito que o faturamento tenha aumentado em 30% por causa disso – diz.
Quem também vê a procura por roupas de praia aumentar é a vendedora da Toccare, Isabelle Corrêa, de 20 anos, que torce para que o calor permaneça por mais tempo.
– As pessoas procuram muito biquíni aqui na loja. Falam que está calor, que é hora de praia. No fim de semana é quando o movimento fica melhor ainda.
Com tanto calor, a venda da água de coco também aumentou. Na Praia do Forte, na manhã de ontem, a bebida era a mais presente nas mesas dos clientes.
– Quero me refrescar e a água de coco é uma boa em qualquer lugar, ainda mais na praia – comenta Yasmin Silveira, estudante de 13 anos.
– Estamos vendendo entre 40 e 50 cocos diariamente– disse, otimista, o vendedor Matheus Soares, 18 anos, do Point do Moysés.