O último dia para prestação de contas é 1º de novembro, mas já é possível ter uma boa noção de quais candidatos a prefeito de Cabo Frio empregaram melhor os recursos recebidos durante a campanha eleitoral deste ano.
Se, no resultado oficial, a Justiça ainda vai definir o destino da cidade para os próximos quatro anos, no quesito custo-benefício, não restam dúvidas de que o Adriano Moreno, da Rede Sustentabilidade, levou a melhor.
Com uma campanha modesta para os padrões de disputas majoritárias, Adriano arrecadou, segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral, a quantia de R$ 62.655,50. Como saiu das urnas com 23.287 votos, ele investiu R$ 2,68 por cada voto recebido, a menor quantia entre todos os prefeitáveis.
Um investimento em si mesmo, diga-se de passagem, uma vez que, segundo matéria publicada na edição do último dia 28 de setembro, o maior doador de sua campanha foi o próprio médico ortopedista, que também cumpre mandato de vereador. Entre as despesas, predominaram os gastos com a produção dos programas de TV e com material impresso.
Apesar de o resultado de domingo não ter sido o esperado, Cláudio Leitão (PSOL) é quem ocupa o segundo lugar no ranking da eficiência na aplicação dos recursos de campanha. Contando com o trabalho voluntário da militância, o socialista gastou R$ 8.904,09, boa parte saídos do próprio bolso, para amealhar 2.728 votos. Na média, foram R$ 3,26 gastos por voto recebido.
Marquinho Mendes (PMDB), cuja vitória nas urnas está ‘sub judice’, gastou quase R$ 313 mil, a maior parte com pessoal e produção do programa eleitoral, para conseguir, no fim das contas, 44.161 votos. Isso representa R$ 7,08 por voto conquistado.
Se não foram bem-sucedidos do ponto de vista eleitoral, Janio (PDT) e Paulo César (PSDB) também ficam marcados por terem feitos campanhas dispendiosas e ineficazes. O tucano, que até o último balanço financeiro amarga um déficit de R$ 191 mil nas contas, obteve 13.102 votos ao custo de mais de R$ 205 mil, o que significou ‘desembolsar’ R$ 15,69 por sufrágio conseguido.
O pedetista, contudo, ocupa a lanterna entre os prefeitáveis na relação gasto x desempenho. Seus decepcionantes 18.851 votos ‘saíram’ a mais de R$ 305 mil, ou seja, R$ 16,23 gastos por cada voto obtido. Boa parte desses recursos foram empregados com uma massiva propaganda na TV, rádio e carros de som.
A movimentação financeira de Carlos Augusto Felipe (PHS) não está disponível no site do TSE.