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No primeiro dia da proibição de sacolas, consumidores tentam se adaptar

​Mercados registraram poucas reclamações de clientes sobre nova realidade

27 junho 2019 - 09h38
No primeiro dia da proibição de sacolas, consumidores tentam se adaptar

RODRIGO BRANCO

Ontem marcou o primeiro dia em vigor da proibição de sacolas descartáveis nos supermercados e também o começo de um processo de adaptação e mudança de hábitos para consumidores e estabelecimentos. Apesar disso, segundo a reportagem apurou em algumas lojas de Cabo Frio, o índice de reclamações dos clientes foi considerado baixo. 

De acordo com Carlos Alberto Coelho, gerente de um supermercado que fica na Avenida Teixeira e Souza, no Centro de Cabo Frio, poucos consumidores alegaram o desconhecimento da nova lei ou reclamaram de pagar pelas novas embalagens recicláveis. As duas primeiras sacolas saem de graça, enquanto para as demais é cobrado o preço de custo, no valor de R$ 0,05 (cinco centavos) a unidade.

– Graças a Deus, não tivemos grandes problemas não. Uma coisa ou outra, mas a gente resolveu na mesma hora. A maioria trouxe a sacola de casa. Informamos durante um bom tempo e isso ajudou bastante. A mudança não foi de uma hora para outra – avalia.

Claudete Checluski, 55, parecia incomodada ao sair do estabelecimento. Ela tentava se acostumar com o peso e o volume das compras todas colocadas em uma única bolsa retornável. Sacolas do tipo estão sendo vendidas a preço médio de R$ 15. 

– Antes usava as sacolas plásticas mesmo. Prefiro sacolas menores, esta é muito grande. Mas acho que vai dar certo. As pessoas precisam ter mais consciência – disse ela, lembrando que em São Paulo e Belo Horizonte, a medida já estava em vigor.

Djalma dos Santos, 46, trazia nas mãos as sacolas ecologicamente corretas, mas disse que planeja usar as bolsas retornáveis, também, conhecidas como ‘ecobags’. 

– É melhor trazer de casa. Por R$ 0,10 (dez centavos), a gente leva umas balas para os filhos em casa. Vou comprar (a bolsa retornável), pagar uma vez e não toda vez que eu vier – raciocina.

Sara Nogueira, 30, reclamou da demora no atendimento no caixa por causa da contabilização das sacolas usadas pelos operadores.
– Não estava sabendo que começava hoje (ontem). É bom para a gente, mas atrasa um pouco – disse.

No mercado especializado em hortifrutigranjeiros que fica bem em frente à rodoviária, caixas de papelão estavam sendo oferecidas para os clientes que vinham de carro, caso do empresário Sérgio Santana, 49.

– O mais certo é a sacola retornável. A gente está se acostumando, mas eu acho que a lei é válida – comentou, enquanto guardava as compras no porta-malas do veículo.

Valdir Medeiros, 53, também apoiou a medida, embora tenha derrapado no orçamento na hora de abastecer o carrinho. Ele foi mais um a levar a ‘ecobag’ a tiracolo.

– Se for para melhorar, para mim, está ótimo. Vim comprar um queijo, mas acabei me empolgando e comprando demais (risos) – disse, com bom humor, já deixando o caixa com a sacola cheia.

Nova lei – A proibição do uso de sacolas descartáveis por supermercados e estabelecimentos de grande porte acontece está prevista na lei Nº 8.006/18, do deputado estadual Carlos Minc (PSB). Os estabelecimentos maiores tiveram 12 meses para se adequarem à medida, enquanto para as microempresas e comércios de menor porte, o prazo vai até o próximo dia 26 de dezembro. 

As novas embalagens reutilizáveis ou retornáveis deverão ter resistência de no mínimo 4 (quatro), 7 (sete) ou 10 (dez) quilos e ser feitas com mais de 51% de material proveniente de fontes renováveis e, obrigatoriamente, nas cores verde – para resíduos recicláveis – e cinza – para outros rejeitos, de forma a auxiliar o consumidor na separação dos resíduos e facilitar a identificação para as respectivas coletas de lixo.