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NÃO JOGA A TOALHA

"Não sou covarde", diz Clésio Guimarães sobre suposta saída da Prefeitura de Cabo Frio

Secretário de Fazenda admite pressões, mas diz que só sai do cargo exonerado pelo prefeito Adriano Moreno

24 junho 2020 - 16h45Por Rodrigo Branco

O secretário municipal de Fazenda de Cabo Frio, Clésio Guimarães Faria, negou que pedirá exoneração do cargo, em declaração à Folha nesta quarta-feira (24). Os rumores aumentaram nos últimos dias, por causa da pressão feita pelos servidores municipais para receber os salários atrasados do mês de maio.

Clésio admite que o momento seja de pressão, por causa da acentuada queda na arrecadação municipal, mas descartou a chance de jogar a toalha.

– Não tem essa possibilidade [de sair], a não ser que queiram me exonerar. Todos sabem que sou transparente, direto e positivo. Divulgo toda a situação para que ninguém seja pego de surpresa. Não sou covarde para, no momento mais difícil, abandonar o barco. Confesso que, às vezes dá vontade [de sair]. São noites em claro, mal dormidas, mas eu tenho um compromisso com o município – declarou.

Desafios não faltam para o secretário nos próximos meses. Clésio estima que, apenas entre maio e julho, a queda na arrecadação municipal será de R$ 40 milhões, o que equivale a uma folha salarial e meia. 

Apenas com relação à cota mensal dos royalties do petróleo, Cabo Frio acaba de receber apenas R$ 3,9 milhões, valor 42% menor que o de maio. Esse foi o menor repasse mensal desde agosto de 2002. Com isso, o secretário prevê ainda mais dificuldade para honrar os compromissos, como a folha salarial.

– A queda nos royalties só veio a acentuar as dificuldades que estamos vivendo – disse.

(*) Confira a cobertura completa na edição impressa desta quinta-feira (25).