Equipes de limpeza de Arraial do Cabo e Cabo Frio mobilizaram-se ontem durante todo o dia para retirar toneladas de vegetação de água doce, entre taboas e gigogas, que chegaram às praias da região desde a última terça-feira. Segundo os municípios, a grande quantidade de plantas é resultado da abertura de um canal para extravasar as águas de uma lagoa em Carapebus, durante as fortes chuvas no Norte Fluminense.
Arraial foi o município mais atingido. O material, que não é tóxico nem altera a balneabilidade da água, chegou ontem à Praia dos Anjos. A Prainha, a Praia do Pontal da Vila Industrial e a Praia do Forno também foram afetadas. O material está sendo recolhido por funcionários da Secretaria de Serviços Públicos, do Meio Ambiente e do Idac com o auxílio de retroescavadeiras, máquinas patrol, corretas e caminhões.
De acordo com a secretaria de Serviços Públicos, nos dois primeiros dias de trabalho foram removidas 300 toneladas da vegetação. O secretário de Meio Ambiente, Arildo Mendes, lamentou o episódio ocorrido às vésperas do verão e também o custo operacional inesperado para o município de retirada e transbordo do material. Ele afirmou que vai buscar os responsáveis, seja o município de Carapebus ou o órgão que determinou a abertura da lagoa.
– Liberar o rio não é o problema, mas é preciso saber que o lixo pode sair junto. Cada um é responsável pelo seu lixo. Mas não estamos querendo briga – comentou o secretário.
Em Cabo Frio, funcionários da Comsercaf atuaram na Praia do Forte, que ontem amanheceu com grande quantidade de vegetação encobrindo a faixa de areia. Um equipe da autarquia também atuou em Tamoios, no segundo distrito, e nas praias das Conchas e do Peró, esta certificada com o selo Bandeira Azul. Os coletores contaram com a ajuda de uma retroescavadeira.
– Realmente, desceu uma grande quantidade dessa vegetação. Só no cantinho do Lido até a Duna Preta foram retiradas 20 toneladas de planta. Mas são plantas de água doce e não têm nenhum tipo de toxicidade. Onde a maré joga na areia fica escuro em volta, mas é só matéria orgânica, não tem perigo nenhum para a população – explicou Mario Flavio Moreira, secretário de Meio Ambiente.
Também houve registro da chegada das plantas em Búzios, mas em menor quantidade.
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