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enterro

Multidão lota o Santa Izabel para se despedir de Boca

Subtenente dos Bombeiros morreu afogado no último domingo (3)

05 abril 2016 - 10h41
Multidão lota o Santa Izabel para se despedir de Boca

Amigos, familiares e colegas de corporação prestaram a última homenagem a Boca (Foto: Gabriel Tinoco)

No momento em que as sirenes dos carros romperam o silêncio e soaram o adeus de Márcio Alves Pimentel, o som se confundiu com os aplausos de dezenas de familiares, amigos e colegas de corporação. Todos, em uníssono, anunciavam o tradicional grito de guerra do bombeiro: are! O salva-vidas foi enterrado na tarde de ontem, no Cemitério Santa Izabel, no Portinho, em Cabo Frio. A razão da morte ainda não foi revelada. Sabe-se apenas que o subtenente não se afogou, porque os médicos não encontraram água no pulmão.

Momentos antes do sepultamento, a música fúnebre consolava o choro incontido de alguns e o sorriso nostálgico de quem teve o prazer de conviver com Márcio. Em seguida, um bombeiro disse “o mar nunca vai ser o mesmo”, enquanto outro retrucou “vai ser sim, porque ele vai estar lá, pegando altas ondas”. A conversa era encerrada diante do enterro do caixão, que levava consigo um boné e uma bandeira da corporação.

– Ele era um exemplo. Era um profissional exemplar e prestativo. Por isso, terá homenagem. A última operação que participou foi na virada de um barco em Arraial do Cabo, onde ele ajudou a localizar. Foi um cara que conheceu todo mundo – comentou o comandante do 18° Grupamento Bombeiro Militar, Leonardo Couri.

Enquanto era consolado por abraços calorosos, a filha de Márcio, Beatriz Barroso, lembra qual era a maior alegria do pai.

– Desde pequeno, ele auxiliava muito a gente (ela e a irmã), sempre de alguma forma. A única cois que ele queria era nos ver feliz. Ele fez do trabalho o maior lazer – relembra.

A filha Marina Alves sente saudades das motivações do pai.

– Ele era um incentivador de pessoas. Essa era a principal qualidade dele.

O vereador Adriano Moreno esteve presente no enterro para prestar homenagem ao vizinho.

– Éramos vizinhos. Conhecia o Márcio desde a infância. A morte dele me traz uma reflexão que o poder não leva a nada. Era uma pessoa simples demais. E olha só: a multidão de pessoas que estão aqui – refletiu.