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Cidade viva

Mulheres cobram mais policiamento

Casos de feminicídio causam temor e alteram hábitos na região

13 setembro 2016 - 20h50
Mulheres cobram mais policiamento

Os casos de feminicído em 2016 deixaram as mulheres da Região dos Lagos assustadas. E o tema não passou despercebido no segundo painel do projeto ‘Cidade Viva’, que debateu desta quinta (14), na sede do jornal, no centro de Cabo Frio. A Folha entrevistou moradoras, que cobraram mais policiamento, principalmente nos pontos de ônibus das cidades.


– Queria mais guardas municipais nas praças, principalmente nos pontos de ônibus. À noite, esses locais ficam todos vazios. As rondas ajudam bastante nessa questão. As câmeras de segurança também podem inibir a ação dos criminosos – sugere a autônoma Verônica Teixeira, 43.


A atendente Alessandra Monteiro, 24, apontou os locais mais perigosos.
– A gente se sente acuada. Cabo Frio está bastante violento. Queremos mais patrulhamentos e mais postos com policiais. Há alguns locais que estão terríveis. A Praça de São Cristóvão e o Braga estão muito desertos. Não se vê policiamento – opina.


A autônoma Janaína de Barros, 36, reforçou a necessidade de vigilância nos pontos de ônibus do lugar onde mora: Búzios.
– É preciso de mais policiais. Lá onde moro há muitos casos de assalto de mulheres que esperam no ponto de ônibus. As mulheres procuram não ficar sozinhas lá, porque ficam bem destacadas. Os policiais não deixariam isso acontecer – comenta.


A fiscal Giselle Castillo, 25, sente medo de sair à noite sozinha.
– Aqui na Praça Porto Rocha tem um excelente exemplo: tem uma cabine da polícia que não funciona. Não costumo mais sair sozinha à noite por causa disso. Se tivesse que sair sozinha, sentiria medo. Precisamos principalmente de mais policiamento para dar uma sensação de segurança.


A aposentada Tereza Vianna, 80, quer patrulha ao menos nos pontos turísticos.
– Ando por Cabo Frio e vejo as ruas desertas. Pior: falta policiamento até nos pontos turísticos. Não tenho coragem de ir à praia pela noite para sentar e conversar. Há uma sensação de impunidade muito grande para os bandidos – finaliza.

Confira a cobertura completa do evento na edição impressa desta quinta-feira.