No primeiro dia após o fechamento do retorno da Avenida Assunção que fica próximo à Prefeitura de Cabo Frio, os motoristas tiveram diferentes impressões sobre a obra, uma vez que, a partir de agora, os veículos que trafegam no sentido Centro-Passagem agora só tem como virar para a outra pista, de mão inversa, mais de 100 metros depois, já próximo à Praça da Terceira Idade e do Terminal de Transatlânticos.
A reportagem da Folha esteve nesta quinta-feira (16) no local e, até o fim da tarde, não haviam sido registrados problemas ou acidentes, segundo guardas municipais. Agentes da Coordenadoria de Serviços Públicos e da Secretaria de Mobilidade Urbana iniciaram a obra que, segundo a prefeitura, tem como base os estudos feitos para o Plano de Mobilidade Urbana. O argumento não foi compreendido pela vendedora Jéssica Barros que classificou a mudança como ‘horrível’.
– Não sei o que eles estudaram, mas isso não deve ter sido feito por gente daqui. Já não temos quase retornos naquela mão e agora só lá embaixo – criticou.
A técnica em patologia clínica Daniele Sodré aprovou a novidade.
– Para mim, ficou perfeito por causa do sinal e dos carros que descem a Travessa Mário Fisher. Acredito que jogar esse retorno para frente vai desafogar o trânsito nessa parte – argumenta.
Segundo a prefeitura, nos dias úteis, passam pela Avenida Assunção 8.494 veículos de passeio em um período de 6 horas nos dois sentidos. A Secretaria de Mobilidade Urbana afirma ainda que a disposição das vagas de estacionamento junto ao canteiro central associado ao fluxo que vem da Travessa Mário Fisher causa retenção no trânsito.
Alheia aos argumentos técnicos, a balconista Cleide Ceppas se diz indiferente ao resultado da obra que, ao mesmo tempo, julga ser desnecessária.
– É mais um gasto com obra e esconderijo de dinheiro público. A prefeitura tem que mostrar que está trabalhando. Mexem no que não precisa, com tanta coisa a ser feita – ironiza ela, enquanto estacionava o carro.
O comerciante Fernando Beme também não leva fé nos efeitos do fechamento, mas diz que prefere esperar.
– Acho que vai dar um nó danado. No fim do dia, isso aqui sempre fica complicado. Mas toda mudança causa impacto, vamos ver o que vai acontecer – disse.
Obras polêmicas – Outra polêmica em relação à obra diz respeito ao financiamento de outra intervenção, inaugurada na semana passada, do retorno para a passagem de veículos de segurança, custeado por um empresário do ramo de pastelaria, cuja loja fica próxima ao agora único retorno no sentido Passagem.
Ontem, durante o programa do comunicador Ademilton Ferreira, na Rádio Litoral, o empresário cobrava da prefeitura o fechamento do retorno, como acabou ocorrendo.
Em nota enviada à Redação, a prefeitura disse que “o fechamento do retorno da Avenida Assunção é mais uma medida contemplada pelo Plano de Mobilidade Urbana da Cidade, que é um instrumento a curto, médio e longo prazo para melhoria na circulação, na mobilidade e nos espaços do município, atendendo as necessidades dos moradores”. Disse ainda que ” o plano foi aprovado pela Câmara Municipal e está disponível no portal da Prefeitura” e que “os estudos e toda a documentação de doação dos materiais para a obra estão disponíveis na Secretaria de Mobilidade Urbana”.
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