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Emprego encabeça lista de dez itens mais citados para escolher candidato nas eleições
 

Eleitores dizem que tema será decisivo nas urnas

16 setembro 2014 - 15h36Por Gabriel Tinoco|Fotos: Johnny Costa

A geração de empregos é prioridade dos eleitores da Região dos Lagos que irão às urnas no dia 5 de outubro.  Eles pedem a vinda de mais empresas e também pleiteiam novos investimentos para fortalecer economicamente a região. A questão encabeça a lista de dez itens mais citados entre os moradores para escolher um candidato nas eleições. Temas como Saúde, Educação, Segurança Pública e Transporte receberam dois votos e empataram na segunda posição.

– Não há muito dinheiro. A população paga uma carga tributária altíssima e falta dinheiro no bolso. Eu moro em São Pedro da Aldeia e não há opção de emprego na minha cidade. Um candidato poderia melhorar esse panorama com leis de incentivo ou qualquer medida para fortalecer as cidades menores. Isso porque são municípios que têm qualidade de vida, mas não ganham investimento para se desenvolver. Portanto, a população estaria empregada e a economia estaria mais forte. São os ingredientes perfeitos – comenta o vendedor Lucas Delvaux, 23.  

Para o entregador Peterson Coelho, 24, os investimentos devem estar aliados à especialização. Segundo ele, não adianta trazer empresas sem antes capacitar os profissionais.

– Os políticos precisam trazer novas fontes de renda para a população. Mas, antes, é necessário investir mais na educação para formar uma mão de obra mais qualificada. Uma universidade federal seria uma boa opção para dar uma formação melhor aos moradores. Além disso, uma escola técnica também seria muito útil para a região. O eleitor tem que pensar no planejamento para nada dar errado. 

Já o comerciante Jocir Lima, 63, faz coro por mais oportunidades de trabalho para a população. 

– Uma população empregada melhora no ponto de vista social. Havia empresas como a Álcalis, que geravam diversos empregos  para os moradores antigamente. Hoje, sentimos a falta de outras empresas grandes para as pessoas trabalharem – diz ele, que também reclama do sistema de saúde da região.

– A Saúde está péssima. Não temos nenhum bom atendimento em todas as cidades. Está sucateada e os políticos daqui não fazem nada para melhorar. Espero que, após as eleições, esse quadro melhore – completa.

Já Luan da Silva, também entregador, 20, espera uma atenção maior dos governantes com a periferia.

– A situação de maior emergência sempre é a Saúde. Portanto, os investimentos devem ser mandados para a Saúde. Além disso, vejo o estado precário das periferias. Moro em Cabo Frio e sei que dão uma atenção muito maior para o Centro do que para o outro lado da ponte. É uma morosidade enorme do poder público com os moradores de bairros que não fazem parte do centro da cidade.

As guerras entre facções também não foram esquecidas. O aposentado Delvandro Silva, 75, sente medo diariamente com a violência.

– A situação ainda está dentro do controle do Estado. Mas não podemos perder esse controle. A Segurança Pública nunca esteve numa condição tão ruim aqui na região. Os moradores dependem da força de vontade política, que, infelizmente, não é presente. Serão necessárias medidas para conter a violência, principalmente, em Cabo Frio.

O engenheiro de produção, Bruno Carvalho, 27, está insatisfeito com as medidas do Governo Estadual.

– Essas políticas do Governo Estadual fizeram com que os bandidos migrassem para a o interior do Rio de Janeiro. A violência, agora, está concentrada aqui e a situação piora a cada dia que passa. Já não bastam as péssimas condições de saneamento básico, os moradores das periferias ainda têm que enfrentar guerras de facções todos os dias. É preciso repensar a Segurança da  Região dos Lagos urgentemente.

A vendedora Laís Mattos, 20, deposita toda a revolta no transporte coletivo.

– Os ônibus estão em péssimo estado. Estão sempre cheios e sem conforto nenhum. Os usuários da linha intermunicipal não têm um serviço de qualidade. Tomara que algum candidato apresente uma proposta para forçar a empresa a mudar.

E há também quem pense nos frutos que o Turismo pode gerar para a cidade. O comerciante Jorge Antônio da Silva, 75, vê o setor como o carro-chefe da Região dos Lagos.

– Temos que cobrar mais investimento do turismo. É só ver como a região é conhecida em outros lugares. Os royalties de petróleo vão acabar um dia e precisaremos de uma nova fonte de renda. Aí que o turismo entra para dar cada vez mais lucro para a região. Espero que as pessoas enxerguem isso na hora de votar – finaliza ele.