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Moradores e comerciantes reclamam de abusos na Avenida Joaquim Nogueira

Irregularidades incomodam e cenário não mudou após reforma

13 junho 2014 - 20h35
Moradores e comerciantes reclamam de abusos na Avenida Joaquim Nogueira
Mesmo após as obras da Avenida Joaquim Nogueira, em São Cristóvão,  Cabo Frio, quem precisa transitar pelo bairro encontra o mesmo cenário de antes. Carros estacionados nos dois lados, motociclistas trafegando na ciclovia, carros de agências e oficinas espalhados pelas vagas recém-criadas ao longo da via. Sobram  reclamações e denúncias de comerciantes e moradores sobre os abusos das oficinas e agências de carros. A fiscalização da prefeitura, segundo eles, é  nenhuma. O governo municipal, por sua vez, afirma que uma viatura fica exclusiva para o patrulhamento no local.
Mas, no período de cerca de uma hora em que a reportagem da Folha dos Lagos esteve na avenida, não havia nenhum guarda municipal ou agente de posturas da Prefeitura de Cabo Frio. Segundo os comerciantes, as oficinas e agências fazem das vagas de estacionamento ponto de exposição de carros. Os abusos – como estacionamento nos dois lados da via, dificultando trânsito e passagem de pedestres – são recorrentes. A cena é familiar e poderia retratar qualquer uma das ruas da cidade, principalmente as do Centro. 
– Eles (agências e oficinas) se apropriam de quase todas as vagas. Não sobra para morador, muito menos para clientes. A fiscalização não existe – queixa-se Carlos Uhlmann, 68, que trabalha na Kinka’s Auto Peças há sete anos. Segundo ele, as agências têm os carros e não têm onde parar. Aumenta o coro o gerente Léo Souza, da Lagos Máquinas e Equipamentos. 
– É um absurdo o que acontece aqui todos os dias. Tivemos que pedir ao condomínio ao lado da loja para usar as vagas para nossos clientes. A oficina vizinha a nossa ocupa todas as vagas deste trecho o dia todo, até na frente da loja – reclamou o gerente, acrescentando que têm perdido vendas por conta disso.
– O setor de Posturas não vem e a Guarda Municipal, quando vem, acaba sempre tudo em pizza. No projeto a prefeitura disse que a cada intervalo haveria área para carga e descarga. Cadê? Não existem – denunciou Luciano Neves, 43, dono da loja, continuando: 
– Como essas agências conseguem alvará de funcionamento se eles não têm onde guardar o carro dentro da loja? É tudo política – disparou.
Na Rapal Auto Peças a situação se repete e, para o gerente Mário Joaquim, 50, falta segurança na avenida.
– Atrapalha um pouco. E o policiamento é nenhum, não se vê por aqui – contou ele.
Na Chic e Elegante, mais reclamações, desta vez da vendedora Lidiane Tavares, 19.
– Atrapalha bastante a falta de fiscalização. O cliente chega e não tem onde parar porque as vagas ficam ocupadas direto pelas agências e oficinas. Muitos carros ainda ficam parados em frente à loja – entregou.
Na Arca Celular as reclamações são ainda mais duras.
– Continua tudo na mesma, só ficou bonito.  Não é nenhum pouco funcional. São pouquíssimas vagas, não suprem as necessidades da avenida. Então todo mundo continua parando nos mesmos lugares – reclamou Daiana Carvalho, 28, dona da loja.
O secretário de Ordem Pública, Adalberto Porto, afirmou que existe fiscalização da guarda, mas que a atuação é limitada.
– Se ficar comprovado que os carros são mercadoria, a Posturas autua e retira. Quando os carros estacionam, a Guarda não tem poder de multar. Só a Postura notificar e chamar a gente. Fora isso não temos como fazer nada – minimizou Porto.
Quanto à fiscalização e os carros estacionados em calçadas, Adalberto Porto afirma que a ordem Pública é atuante.
– Temos uma viatura só para a Joaquim Nogueira, no entorno e nas transversais. Fica o dia todo rodando por ali. Os carros na calçada podemos multar, fora isso não – explicou, acrescentando que aguarda o término das obras da avenida – mudança para fiação subterrânea e diminuição das calçadas – para implantar as mudanças que faltam: entre elas, alteração de sentido de rua. Entre as sugestões para as melhorias, moradores e comerciantes apostam na cobrança de estacionamento rotativo como possível solução para o problema.
– Se houver cobrança vai sobrar vaga – opinou o aposentado  Mauro César, 56. 

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