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Moradores da região mostram-se desanimados com início da campanha eleitoral

Alguns dos entrevistados pela Folha sequer sabiam que propaganda dos candidatos já estava permitida

17 agosto 2016 - 10h19Por Texto e foto: Rodrigo Branco
Moradores da região mostram-se desanimados com início da campanha eleitoral

Wallace Meirelles, Jhonatan dos Santos e Diego Damaceno esperam por renovação na política da região

A campanha eleitoral começou ontem em todo o país mas, pelo clima da largada em Cabo Frio, os candidatos a prefeito e vereador terão muito trabalho para convencer os eleitores de que são a melhor opção para representá-los.

Na hora do almoço, a reportagem esteve na Praça Porto Rocha, centro nervoso e palco de grandes manifestações políticas da cidade, mas durante pouco mais de quarenta minutos não observou movimentação diferente da habitual.

Por sua vez, os entrevistados ouvidos pela Folha não demonstraram qualquer entusiasmo não apenas pelas eleições, mas pela política em geral. Como sintoma do desinteresse, o desconhecimento sobre o assunto.

– Ah é? – foi com uma risada de espanto que Diego Damaceno, de 31 anos, recebeu a informação de que a campanha começava naquele dia.
Para o analista de sistemas, falta renovação nas lideranças políticas da cidade.

– Eu esperava mais inovação, mas isso não acontece em Cabo Frio. São os mesmos galos marcados de sempre. Espero caras novas para a cidade e para o país – reforça.

Seu colega de trabalho, o programador Wallace Meirelles, 22, admite que costuma escolher em quem votar às vésperas da eleição. Sobre o desânimo coletivo com a política, ele mostra otimismo.

– Espero que aproveitem o embalo da (operação) Lava Jato e aconteça a moralização da política como um todo. Espero que isso aconteça também no município, mas acho difícil porque a política do interior é muito mais restrita e pedagogacorrupta – pondera o morador de São Pedro da Aldeia com a concordância do também programador Jhonatan dos Santos, de Arraial do Cabo.

A campanha ainda pode não ter deslanchado, mas muitos políticos que estiveram longe das comunidades da periferia nos últimos quatro anos, voltaram a frequentá-las recentemente. O movimento não passa despercebido para o mestre de obras Paulo Roberto Rosa, de 50 anos.

– Eles (candidatos) estão começando a chegar por lá devagarinho, mas não estou animado não. A política em geral está muito caída. Sei quem são os candidatos, mas a campanha vai ser um fracasso total. O pessoal vai anular muito voto – prevê.

(*) Leia a matéria completa na edição desta quarta-feira da Folha dos Lagos.