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Circuito Banco do Brasil

Montagem de arena do vôlei na Praia do Forte irrita jogadores de futebol de areia

Torneio amador foi paralisado por causa de estrutura que abrigará etapa de Circuito Banco do Brasil

23 julho 2016 - 15h30Por Gabriel Tinoco I Foto: Eduardo Pimenta
Montagem de arena do vôlei na Praia do Forte irrita jogadores de futebol de areia

A chegada da arena do Circuito Banco Banco do Brasil de Vôlei de Praia à Praia do Forte – a montagem começou no último dia 19 – deixou participantes do Campeonato de Futebol de Areia irritados. É que a estrutura fica exatamente onde acontece a competição, que teve de ser interrompida e só volta no próximo dia 7. Os participantes do torneio amador questionaram a antecedência da montagem, porque as duplas só jogam no dia 26. O campeonato de futebol de praia acontece aos domingos.

O técnico do Morubá, Wágner Rodrigues da Silva, lamenta que o aviso da paralisação tenha sido feito em cima da hora.

– A Secretaria de Esportes deveria ter feito um calendário antes de começar o campeonato para formularmos nossa tabela. Temos patrocinadores que nos ajudam nesses meses em que a secretaria não ajuda em nada. O contrato do patrocínio é assinado até determinada data. O que vai acontecer? Os jogos não acontecerão até essa data e ficaremos sem os recursos. Avisaram em cima da hora. Não podemos fazer nada por um campeonato que envolve quase 500 pessoas. Estaríamos indo para a 10ª rodada. A competição está pegando fogo, do décimo ao terceiro, todos têm chance de classificação – reclama.

O torcedor do Coral, Flávio Rebel, ressaltou o tradicionalismo da competição e se mostrou triste com a paralisação.

– O evento é importante para a cidade, para a secretaria, para o vôlei, mas nesses anos todos do Circuito do Banco do Brasil não deixou nada para o vôlei de Cabo Frio. A Liga morreu e Cabo Frio não consegue reunir as escolinhas ou trabalhos de vôlei em uma competição. Ou seja, nada de legado. Essa paralisação para o futebol de praia caiu como uma bomba. Deu a entender que não somos nada e que a competição que acontece desde os anos 1950 vale pouco para quem deveria fomentá-la.São 12 clubes e 300 atletas que se sentiram insignificantes. Esse é o sentimento – comenta.

O atacante do Cajueiro Sonic diz que a parada desanima o público que acompanha a competição.

– Isso é ruim para o campeonato, porque pode esfriar os ânimos das pessoas que estão acompanhando em todos os domingos – diz.

Já Victor Pessoa, atleta do Barra, também se mostrou contrário à paralisação.

– Quem participa, jogando ou assistindo, sabe que o campeonato virou uma atração do domingo. A parada de três semanas dará uma esfriada, principalmente nos times. No entanto, uma votação foi feita para mudar a competição de lugar e a maioria votou pela paralisação.

O secretário de Esportes de Cabo Frio, Walcir Alegre, justificou a antecedência na instalação pelo tamanho da infraestrutura.

– A infraestrutura até agora não está pronta. É só passar lá para ver. A montagem demora porque a infraestrutura é grande. Temos que botar pisos. Não é um processo rápido assim – argumentou o secretário, que afirmou que a paralisação foi comunicada à organização do campeonato há 25 dias.
Mas não só os atletas que estão insatisfeitos. Ontem, circulou pelas redes sociais uma foto que mostrava a mistura da areia da praia com areia preta na montagem da estrutura.

– Há movimentação de areia da praia muito grande numa área de faixa marginal de proteção. Reparei a elevação da areia em quase um metro para se adequar à estrutura da arena do vôlei. Há mistura da areia preta com areia da praia. A arena é construída próxima do calçadão porque a maré está alta.
O secretário de Meio-Ambiente, Jailton Nogueira, se prontificou a verificar o problema.

– Nenhuma denúncia chegou. Vou pedir a fiscalização para ir lá verificar. Quando se faz uma escavação, normalmente sai matéria orgânica, o que inclui essa areia preta – explicou