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CONDIÇÕES REVOLTANTES

Ministério Público cobra explicações sobre maus tratos no Canil de Cabo Frio

Advogada faz denúncia contra antiga administração e pede auditoria desde criação do espaço

08 janeiro 2021 - 15h15Por Rodrigo Branco

O Ministério Público Estadual por meio da 1ª Promotoria de Tutela Coletiva de Cabo Frio pediu informações à Procuradoria-Geral do município, no prazo de cinco dias, sobre as denúncias de abandono do Canil Municipal, que fica na Fazenda Campos Novos, no Segundo Distrito, e a situação de maus tratos dos animais sob os cuidados da Prefeitura. O prazo conta a partir da última quarta-feira, dia 6, e vai até a próxima segunda-feira, dia 11.

A cobrança do MP-RJ ocorre depois que circularam nas redes sociais as imagens feitas por integrantes da nova administração do espaço, que se encontra em precárias condições de manutenção. Nos vídeos, é possível ver animais com sinais de desnutrição e feridas pelo corpo. Na inspeção inicial feita pela equipe que acabou de assumir também foram encontradas carcaças de bichos mortos e até mesmo a cauda de um gato. Um verdadeiro cenário de horror.

A advogada Michelli Tito, que faz parte da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da circunscrição de Cabo Frio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já havia protocolado uma denúncia contra a antiga gestão municipal junto à Promotoria, no último dia 14 de dezembro, pedindo a apuração das responsabilidades. Ela comenta que a situação no Canil ficou insustentável no último mês do ano passado, quando foi possível notar o grande índice de mortalidade de animais em relação ao ano anterior.

De acordo com a advogada, havia uma funcionária encarregada de fazer a contagem dos animais e, apesar de ter havido um surto de cinomose [doença infectocontagiosa que afeta cães] no Canil em 2020, o fato não justifica a grande mortalidade no local.

– Um dia cheguei no canil e o mato estava na cintura, fora o número de animais cada vez menor. Estima-se que no final de 2019, havia em torno de 400 animais. Inclusive já pedi ao promotor para verificar se o número está correto, fazendo a solicitação da licitação para compra de ração, quando tem que dar a estimativa de quantos animais existem e quantos quilos são necessários para compra. Em dezembro de 2020, nos deparamos com apenas 107 animais. Ou seja, esses animais morreram por omissão, negligencia e falta de cuidado – conclui Michelli Tito, afirmando que desde 2019, a OAB vai até o local para averiguar as suas condições.

(*) Confira a reportagem completa na edição impressa da Folha que está nas bancas.