O ‘mijódromo’ está aberto no muro traseiro do Hotel Malibu, na Rua Tamoios, no centro de Cabo Frio. Os comerciantes e moradores da rua garantem que a situação se acentuou durante o Carnaval mesmo com as instalações de banheiros químicos no local. Eles dão nota zero para a catinga provocada pela urina e pedem mais vigilância para coibir a ação dos mijões.
A vendedora da Luiz e Trindade, Jéssica Soares, 25, conta que os fregueses preferem levar a empada para comer em outro lugar a aturar o mau cheiro.
– Está uma catinga. Sempre fica assim. Isso atrapalha bastante o movimento. Temos um cantinho ao ar livre e os clientes não querem sentar mais lá. Muitos compram e vão sentar em outro lugar.
Já o empresário Onofre Couto, 34, ouve frequentemente reclamações dos clientes.
– Lógico que atrapalha. Olha o cheiro que você está sentindo. As pessoas reclamam muito do cheiro. Minha sorte é que tenho ar-condicionado, o que ameniza o cheiro. Dessa maneira, a cidade fica à petição de miséria – dispara.
De acordo com o vendedor do Rei do Bacalhau, Daniel Ramos, 17, nem os banheiros químicos têm adiantado.
– Já faz um tempo que está assim. O Carnaval é a pior época, mesmo com banheiro químico. Tem gente que prefere fazer xixi na rua mesmo. Eles não estão nem aí. A situação piora à noite.
Quem tem que aturar o fedor diariamente é a vendedora de salgadinhos Jéssica Soares, de 25 anos.
– Fede para caramba. O cheiro é insuportável. Não sei como aguento passar o dia nessa catinga. Colocam banheiros químicos, mas não adianta. Os banheiros, às vezes, estão tão sujos que o mijão prefere fazer na rua mesmo – diz.
O corretor Thiago Costa, 39, é morador e sente o mau cheiro na porta de casa.
– Eles continuam mijando no muro sim. Fede a rua toda. O mau cheiro desvaloriza o imóvel e o comércio. Na rua, tem até restaurante – finaliza.
No Rio de Janeiro, a lei é bem mais apertada: os mijões podem ganhar multa de R$ 510.
A Prefeitura informa que instalou banheiros públicos em pontos estratégicos da cidade durante o Carnaval. Informa ainda que os guardas municipais trabalharam em regime de horas extras durante os dias de folia, aumentando assim o efetivo nas ruas, e que diversas abordagens foram realizadas com o objetivo de combater este problema.