Se ainda não conseguiu os recursos desejados para oxigenar os combalidos cofres municipais, o prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes (PMDB), voltou de Brasília cheio de promessas de ajuda na bagagem. Com dificuldades para pagar a folha de abril, Marquinho admite que o momento financeiro é bastante complicado, mas acredita que a conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi ‘altamente positiva’.
– Deixamos bem claro a posição de defender os interesses dos municípios do Estado do Rio de Janeiro. É de grande importância que o Rodrigo Maia fique a frente dos nossos interesses – disse Marquinho.
Entre as principais preocupação do prefeito estão o decreto presidencial que muda o cálculo dos royalties e, sobretudo, a negativação de Cabo Frio no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (Cauc). A situação impede o município de receber recursos de ministérios e emendas parlamentares, ainda que empenhadas.
Além disso, conforme a Folha antecipou na última terça, Cabo Frio tem mais de R$ 15 milhões retidos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Segundo a Prefeitura, isso acontece por causa de uma dívida de R$ 500 milhões deixada pela gestão passada junto à Receita Federal.
– Essa dívida foi parcelada e pagamos a primeira parcela. Com isso, estamos pedindo na Justiça o desbloqueio dos recursos do FPM, que são essenciais para manter as contas da Prefeitura em dia – disse o secretário de Fazenda, Clésio Guimarães.
O ‘tour’ de Marquinho pela Capital Federal terminou com visitas aos ministérios do Esporte, do Turismo e das Cidades. No entanto, saiu dos gabinetes como entrou. Com promessas de ajuda, mas de mãos vazias.