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Marquinho diz que quem permanecer em greve terá salário descontado

Prefeito afirma que já pagou servidores e que não vai negociar com Sepe

16 setembro 2017 - 07h25Por Rodrigo Branco I Foto: Arquivo Folha
Marquinho diz que quem permanecer em greve terá salário descontado

Cinco dias após o começo da greve do funcionalismo municipal, o prefeito Marquinho Mendes (PMDB), resolveu falar grosso com os servidores. Ao alegar já ter pago os salários de agosto a quase todos, Marquinho afirmou que vai cortar o ponto de quem faltou ao trabalho a partir desta sexta (15). O prefeito disse também que falta pagar apenas aos funcionários comissionados, o que pretende fazer até quarta-feira (20). 

– Em primeiro lugar, a adesão à greve foi mínima, o que mostra que eles a fizeram de forma precipitada, prejudicando os alunos da rede por causa de três dias de atraso. Isso é inaceitável pelo fato de prejudicar os alunos. Ficaram cinco meses sem receber e fizeram isso por causa de três dias. Não levaram em conta as dificuldade que passo pelo enorme passivo deixado por Alair. A greve acaba quando é feito o pagamento. A partir de hoje (ontem), quem faltar será descontado – ameaçou.

Questionado sobre o fato de que existem outras pautas de reivindicação na Educação e a disposição para negociá-las com o Sepe, o prefeito também foi incisivo.

– Só sentaria na mesa se tivessem consultado a prefeitura ou o prefeito antes de decretarem a greve. Depois que eu faço o pagamento, não tem negociação. Não tenho que que sentar para negociar com o Sepe. Tenho é que honrar o pagamento dos salários – dispara.

As declarações repercutiram muito mal junto ao Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos). A categoria realizou uma assembleia na noite desta sexta (15) pela qual ficou definido que a greve vai continuar. A diretora de imprensa da entidade, Denise Teixeira, negou que o pagamento de agosto tenha sido feito e criticou duramente as palavras do prefeito.

– É surreal. Desde que a prefeitura rompeu acordo judicial em abril, e inclusive já notificamos a Justiça desse descumprimento, tentamos negociar sem sucesso as parcelas de 2015 e o plano de carreira. A falta do pagamento foi a gota d’água. A categoria não aguenta mais tanto descaso que a Educação pública recebe do prefeito. Não vamos aceitar ameaças. Isso é assédio. É crime e vai ser tratado como tal. Ele vai ter que provar na Justiça que pagou a gente e pedir ilegalidade da greve – disse Denise.