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#LucasparaCasa

Mãe de Cabo Frio luta para tirar filho de hospital na Baixada

Mulher faz campanha para montar CTI infantil e levar Lucas, de um ano e meio, para casa

01 novembro 2017 - 11h37Por Rodrigo Branco I Foto: Arquivo Pessoal
Mãe de Cabo Frio luta para tirar filho de hospital na Baixada

O que era para ser o melhor momento da vida da jovem Andressa Soares, de 21 anos, com a chegada do primeiro filho, tornou-se em uma história de luta e superação. Após complicações no parto, realizado em abril do ano passado, no Hospital Geral de Arraial do Cabo, o pequeno Lucas sofreu uma asfixia e desde então a família vive um calvário. Sem estrutura na unidade e em toda a região para casos desse tipo, a criança precisou ser transferida com urgência para o hospital particular Daniel Lipp, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde está internada até hoje.

Agora, mais de um ano e meio depois, a mãe organiza nas redes sociais a campanha #LucasemCasa para equipar a residência na família, em Cabo Frio, com uma espécie de CTI pediátrica, dotada de cama, equipamentos e atenção especial durante 24 horas por dia. A família não tem como arcar os custos do tratamento, uma vez que tanto Andressa como o pai do menino atualmente estão desempregados.

Pela internet, a mãe de Lucas pede desde materiais mais complexos como colchão pneumático, balões de oxigênio e sondas de aspiração, a insumos básicos como fraldas, caixas de luvas, soro fisiológico e gaze não estéril. A ‘corrente do bem’ tem surtido efeito e a família já recebeu algumas doações: de Caxias, foi doada uma cama hospitalar; da Região dos Lagos, um balão de oxigênio e de Petrópolis, um aspirador de secreção. 

Andressa comenta que, além da parte material, Lucas terá que ser constantemente monitorado por uma equipe com fisioterapeuta, técnico em enfermagem e neurologista, entre outros profissionais. Segundo a mãe, apesar da dificuldade de desenvolvimento e de precisar de ventilação mecânica o tempo todo, o menino encontra-se estável. Ela comentou sobre a luta para que o filho conheça o lar.

– Para mim está sendo um aprendizado. Fui criada debaixo da saia dos avós. Isso me obriga a ser mãe e mulher. Tem quem diga para deixar isso, para eu cuidar de mim. Não vou deixar meu filho no hospital. Quero ele em casa. Ele merece conhecer a casa dele, a família e o mundo lá fora – disse, determinada. 

Quem quiser ajudar com dinheiro pode depositá-lo na Caixa Econômica; agência 0179; operação 0132; conta 00036979-5, no nome de Andressa Pinto Soares. A prima e a cunhada de Andressa também organizam um bazar na região para arrecadar fundos. Aqueles que desejarem fazer doações para o bazar podem entrar em contato pelos telefones (22) 99752-6815 (Marcella) ou (22) 99944-1643 (Karla). 

Entre os materiais listados pela família de Lucas estão cama hospitalar, colchão pneumático, de balões de oxigênio,aspirador, sondas de aspiração, concentrador de ar, aspirador, macronebulizador, circuito, máscara de hudson, enterofix, fraldas, gazes estéreis, caixa de luvas, gaze não estéril, luva profilaxia, pomada pra assadura,soro fisiológico, álcool em gel, micropore, metaline pediátrico, fixador de traqueostomia pediátrico e oxímetro portátil, entre outros. 

Cabo Frio – Após o fechamento da edição impressa, a prefeitura de Cabo Frio se manifestou sobre a estrutura da rede de Saúde para casos como o de Lucas. Em nota, o município afirmou que "as Unidades de Tratamento Intensivo são de responsabilidade do Governo Estadual, por serem unidades de alta complexidade" e que a "UTI pediátrica da região está localizada no município de Araruama". Já a Prefeitura de Arraial do Cabo não respondeu ao questionamento da reportagem.