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Itajuru sofre com precárias condições de higiene

Moradores do histórico bairro convivem com a falta de limpeza e esgoto a céu aberto

24 agosto 2016 - 09h51Por Texto e fotos: Gabriel Tinoco
Itajuru sofre com precárias condições de higiene

Nos jardins de uma igreja que data do século 17, o Convento de Nossa Senhora dos Anjos, onde caminhavam os jesuítas, há o mau cheiro do Itajuru. Os moradores do bairro sentem medo de contrair doenças pelo esgoto que retorna para as casas e reclamam do lixo espalhado pelas ruas – inclusive, em frente ao maior ponto turístico do bairro, onde também fica o terminal rodoviário das linhas intermunicipais. Também estão incomodados com as ruas cheias de buracos.

O secretário de Obras, Paulo Castro, ficou assustado ao receber a notícia dos problemas de esgoto e buracos. Segundo ele, recentemente houve uma reforma no bairro. Mesmo assim, ele se prontificou a verificar e solucionar o problema. O ambulante Carlos Henrique Vieira, 41, entrou em contato com o governo, mas de nada adiantou.

– Aqui está com muito lixo há meses e também esgoto que vaza há duas semanas. Já mandei mensagem para a Prefeitura. Os moradores fizeram um desvio para a água descer e não passar em frente às casas e o esgoto está entrando numa caixa e está transbordando. Quando chove, a situação piora – afirma.

A auxiliar de serviços gerais Maria Luísa Alves, 37, ficou abismada com o protesto dos moradores para que os ônibus não passassem mais pela rua por causa do rompimento de uma rede de esgoto. A manifestação aconteceu em julho deste ano com barricadas e cartazes na rua Copacabana.

– Só descer um pouco essa rua (Copacabana) que poderá ver o esgoto todo entupido. Recentemente, fizeram um protesto por causa disso. Eles não deixaram nenhum ônibus passar pela rua. Ninguém olha para os nossos problemas. Os becos também estão sem luz. Esses são os assuntos mais urgentes aqui: iluminação e esgoto – revela.

Já a vendedora Cintia Rodrigues, 53, está cansada de tanto transtorno: o esgoto retorna para as residências e não há varrição das ruas.

– O esgoto aqui está todo entupido. A água vaza para dentro das casas e temos medo de adoecer. As calçadas estão todas quebradas e ninguém varre nada aqui. Tem dias que os moradores se juntam para poder varrer – desabafa a vendedora.

(*) Leia a matéria completa na edição impressa desta quarta-feira.