Aguardado como nunca pelos trabalhadores, o 13º salário é visto como a redenção para o comércio depois de um ano marcado pelas turbulências de uma economia em convulsão.
– Sinto que todo o comércio está parado. Não há dinheiro circulando. E, com certeza, isso tem a ver com o 13º – comenta a empresária Li Dias.
Mas, no que depender da irregularidade do calendário de pagamentos nas prefeituras, o aquecimento das vendas do período pré-natalino vai ficar a cargo do dinheiro pago aos funcionários da iniciativa privada, embora em 30% dos casos, conforme pesquisa publicada ontem na Folha dos Lagos, a preferência é pela cautela e o pagamento de dívidas.
Na região, apenas Arraial do Cabo confirmou a data do pagamento integral da gratificação, que sai hoje. Em Búzios, a movimentação nas lojas vai ser garantida como o pagamento da primeira parcela, feito apenas ontem. Já a segunda parte, que pela legislação deveria ser depositada até o dia 20, está prometida pela prefeitura até o fim do ano.
Em São Pedro da Aldeia, a previsão é que o dinheiro caia na conta dos servidores municipais dentro do prazo legal, mas segundo a assessoria de Comunicação da cidade, “a conjuntura financeira não permite antecipar a data correta”.
Situações que não tranquilizam, mas ainda melhores que a atual vivida por Cabo Frio, onde o prefeito Alair Corrêa já admitiu a possibilidade de não pagar o direito, alegando falta de recursos em caixa.
Ocupado com a campanha #VemPraRua, da Associação Comercial de Cabo Frio, o presidente Eduardo Rosa de Andrade enfatiza a importância que o benefício tem para injetar recursos no desanimado comércio cabofriense.
– Sem dúvida, o 13º é um dinheiro que impulsiona mais as vendas. Apesar da crise, isso é revertido para a nossa economia. É o que boa parte dos empresários está esperando para alavancar os negócios – atesta Dado.
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