Às vésperas de receberem mais uma parcela do repasse dos royalties do petróleo, os municípios produtores estão de olho na flutuação do preço do barril no mercado internacional, que, futuramente, será decisivo para definir o valor da compensação repassado aos municípios. Ontem, houve ligeira queda e o barril de tipo brent fechou próximo dos US$ 56.
Para os beneficiários dos royalties, isso significa menos dinheiro em caixa. Quando o preço do barril cai, cai também a compensação dada a estados e municípios. E nova queda, neste momento, é tudo o que as cidades da região menos querem. No mês passado, por exemplo, Cabo Frio recebeu R$ 8,5 milhões de royalties, um valor bem distante dos mais de R$ 15 milhões de três anos atrás.
O secretário de Fazenda de Cabo Frio, Clésio Guimarães, espera mais notícias nos próximos dias. A trimestral, prevista para o dia 10, deve chegar em torno de R$ 2,5 milhões. Já a mensal (depois do dia 20), deve vir cerca de R$ 8 milhões.
A pior notícia é que os beneficiários estão de mãos atadas e não detêm nenhum controle sobre o preço do barril. Aliás, nem o Brasil, que repassa a compensação por meio da Agência Nacional do Petróleo (ANP), tem.
Ontem, o preço do petróleo sofreu ligeiras flutuações. Se por um lado o corte de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fez menção de aumentar o preço do barril, por outro, as tensões entre Estados Unidos e Irã – agravadas na última semana por ações militares iranianas e retaliações diplomáticas do presidente Donald Trump – fizeram o preço baixar. Isso porque, diante do espinhoso e inóspito cenário internacional, os Estados Unidos ativaram mais plataformas de petróleo, aumentando ainda mais o estoque de combustível norte-americano.