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Hospital da Mulher

Hospital da Mulher, em Cabo Frio, vive dia de caos

Gestantes e acompanhantes reclamam do péssimo atendimento na unidade

25 novembro 2015 - 09h40Por Gabriel Tinoco

Ao que tudo indica, a crise que se espalha pela saúde públi­ca de Cabo Frio também conta­minou o Hospital da Mulher, no Braga. Pacientes e acompanhan­tes reclamam incessantemen­te do péssimo tratamento e da demora para o atendimento na maternidade. Dezenas de pesso­as na fila de espera na tarde desta terça-feira (24) reforçavam ainda mais o clima de insatisfação. A Folha visitou a unidade e ouviu inúme­ras queixas sobre o caos a que as mulheres eram submetidas.

A autônoma Jéssica Barcelos, 24, não escondia a insatisfação com o modo em que a cunhada grávida era tratada.

– Minha cunhada voltou ao hospital na tarde de anteontem (domingo) com muita perda de líquido. Ela foi internada, mas não recebeu o tratamento ainda e está perdendo líquido desde en­tão. Estou implorando para que seja feita a cesária. Ela poderia ter o bebê no domingo, mas há o risco da criança nascer morta por irresponsabilidade médica. Está vomitando muito também, o tempo inteiro. Além do mais, em 24 horas, nenhum médico passou no quarto para fazer uma visita – protestou.

Uma das principais reclama­ções era justamente a precarie­dade na estrutura e a falta de medicamentos. O operador de equipamentos Cassiano da Sil­va, 25, estava indignado com o tratamento indigno em que gestantes eram submetidas no hospital.

– Precisei tirar dinheiro do próprio bolso para comprar re­médio para a minha esposa. Não havia medicamento na uni­dade. A partir daí, me pergunto: do que adianta uma internação? Não acreditei enquanto passei pelos corredores e vi grávidas esperando em pé. Não havia maca. Algumas estavam até sem aquela roupa verde. E o pior: se você vai fazer uma re­clamação com o diretor do hos­pital, dizem que ele nunca está. No meu caso, a minha esposa quase foi forçada a fazer um parto normal, quando o correto era optar pela cesária. Somente depois de muito esforço, conse­guimos convencer os médicos a fazer tudo da maneira correta – comentou ele, bastante indigna­do e com filmagens para com­provar o descaso.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta quarta-feira (25)