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HCE

HCE tem mais um dia complicado

Falta de dois médicos deixa atendimento restrito de novo e expõe problemas de pessoal

26 fevereiro 2016 - 11h36
HCE tem mais um dia complicado

Pacientes se avolumavam na unidade em busca de atendimento, que foi precário – Foto: Arquivo Folha

 

Os pacientes que procuraram atendimento no Hospital Central de Emergência (HCE), em São Cristóvão, ontem, novamente tiveram problemas. Durante o dia, apenas os casos mais graves foram atendidos por conta da falta de dois médicos, que entraram de licença. Já quem buscava atendimento ambulatorial teve que buscar ajuda em outra unidade.

No início da manhã, chegou a haver um princípio de tumulto, quando as portas da unidade estavam fechadas. Contudo, aos poucos, a situação se acalmou, mesmo com a restrição nas atividades do hospital. O saguão de entrada, normalmente lotado, acabou ficando com poucas pessoas. Ainda assim, um homem que se identificou apenas como “líder comunitário da Vila do Sol” esbravejava, aos berros, do lado de fora.

– Essa situação é inaceitável. Eu ainda tenho condições de ir para UPA de São Pedro ou para o hospital do Jardim Esperança, mas e aqueles que não têm? – questionou.

De acordo com o diretor da unidade, Milton Mureb, a maior dificuldade é que parte dos médicos da equipe que poderiam estar atuando internamente, na emergência, são deslocados ou requisitados para remoções e tratamentos.

– Eu tenho um médico no trauma que está cheio e dois fora, um vai fazer uma remoção para Bacaxá e outro para acompanhar uma hemodiálise em Araruama. Eu deixo esse salão cheio o que vai acontecer depois disso? O paciente que chegar de infarto vai ser atendido, mas o que está há dez dias com músuma dor de cabeça, vai ter que esperar mais um dia – explicou o diretor.

No meio da tarde, a secretaria de Saúde emitiu uma nota explicando a situação. De acordo com a assessoria da pasta, o HCE funciona com cinco médicos no plantão, podendo subir para seis às segundas, sextas e sábados, número considerado “suficiente segundo os protocolos do Ministério da Saúde”. A secretaria informou que em “nenhum momento a unidade parou de funcionar, com um médico no atendimento e outro no trauma”.

– Como estamos com número elevado de pacientes internados, inclusive de outros municípios, estamos usando também a sala vermelha da UPA, então diariamente um desses profissionais vai para a UPA acompanhar esses pacientes. O problema ocorrido nesta semana é que dois médicos entraram de licença médica e apresentaram atestado de saúde – afirmou a secretaria, em determinada parte do texto.

Os transtornos aconteceram menos de uma semana depois que pessoas denunciaram que a unidade estava fechada na noite do último sábado, fato que foi desmentido pela secretaria de Saúde. Além disso, as reclamações de demora no atendimento tem sido constantes, fato destacado em matéria publicada na edição da Folha dos Lagos da última terça-feira.