Ao que tudo indica, a greve dos bancários, que já dura 15 dias, está longe de um fim. Representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniram com a categoria para pôr fim à paralisação, mas as negociações não avançaram. Os bancários reivindicam reajuste salarial de 16%, que seria uma reposição da inflação mais 5,7% de aumento real.
Foto Eduander Silva
De acordo com informações do presidente do sindicato de Niterói e Região dos Lagos, Suez Santiago, a reposição da inflação é o critério mínimo para negociação.
– Esperamos uma proposta decente para encerrar a greve. O que não podemos é aceitar uma proposta abaixo da reposição da inflação de 9,88%. Tem que ser desse patamar para frente. Caso contrário, não há nem conversa. Ainda acrescentamos uma quantia a mais na pauta, que seria o ganho real – diz ele, irredutível.
O movimento recebeu adesão total na Região dos Lagos. Com exceção do atendimento a pensionistas e aposentados, todo o atendimento ao público foi suspenso. Suez ainda lembra que essa já é a greve que mais fechou agências no país inteiro.
– Estamos aguardando. Mais agências são fechadas a cada dia que passa. A greve desse ano já é considerada a maior greve da história, a que teve mais agências fechadas até agora – comenta ele, lembrando que a proposta dos bancos na tarde de ontem foi inaceitável.
– Aumentaram muito pouco. Deixamos bem claro que as negociações começam acima da inflação – disse.
Segundo dados do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 12.496 agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades em todo o Brasil.