A Associação dos Aposentados de Cabo Frio pede que os grevistas mantenham um contingente suficiente de trabalhadores nas repartições a fim de evitar os inúmeros transtornos ao público. A paralisação, que já dura 54 dias, tem dificultado as solicitações de aposentadoria ou benefícios na cidade. A agência de Cabo Frio decretou funcionamento parcial no dia 9 de julho.
De acordo com o vice-presidente da Associação dos Aposentados de Cabo Frio, a greve é um direito de qualquer trabalhador, mas os servidores públicos precisam manter uma condição de atendimento que não prejudique a população.
– Toda greve tem uma razão de ser. Os servidores estão no direito deles, mas muita gente está sendo prejudicada. A paralisação traz uma série de transtornos para quem depende dos serviços preliminares como entrada de documentos ou solicitações de aposentadorias. A greve é um direito, mas existem regras que obrigam determinadas condições de atendimentos. O INSS é um serviço público como outro qualquer. Por exemplo, uma greve de médicos não pode paralisar totalmente a saúde pública, porque vai gerar transtornos para a população – afirma.
Enquanto a greve não acaba, moradores reclamam da falta de atendimento em alguns serviços em Cabo Frio. O aposentado Luiz Carlos Santos, 53, tenta receber um acordo judicial há três meses na agência.
– Tento receber um dinheiro que não sai por causa da greve. A responsável por me repassar esse acordo aderiu à paralisação. A minha advogada já alertou que não posso deixar de receber.
Já a autônoma Fabiana Sueli, 41, tenta efetivar um pagamento urgentemente na repartição.
– Estou tentando pagar e não posso por causa da greve. Enquanto isso, os juros aumentam e me fazem pagar mais – diz.