Após um longo período de espera, 230 aprovados no concurso de 2009 da Educação serão chamados para trabalhar no próximo dia 31. Os servidores foram efetivados em posse na Escola Municipal Edílson Duarte, no Jardim Caiçara, na manhã de ontem. A medida é consequência de um acordo entre o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação com o Governo Municipal, que permite a convocação em etapas.
A Secretaria de Educação fará nova chamada em dezembro: 342 servidores serão efetivados. Em 2019, o governo convocará 339 concursados. No ano seguinte, 226 funcionários poderão trabalhar.
Uma decisão judicial obrigou a Prefeitura a empregar temporariamente parte dos concursados. Os contratos temporários serão renovados até dezembro deste ano com o processo seletivo para os cargos provisórios.
– O Sepe preferiu negociar. Se a gente batesse, a Prefeitura poderia entrar com um recurso em cima da nossa ação. Poderíamos parar no Supremo (Tribunal Federal). O governo abriu todo mapeamento de efetivos e, nome por nome, vimos todas as necessidades reais da rede, coisa que a gente nunca teve acesso. Foi uma grande vitória, mas ninguém acreditava que os concursados fossem chamados – afirma a professora Denize Alvarenga.
De acordo com a diretora do Sepe, a efetivação dos concursados é mais um passo na luta contra os “contratos políticos”.
– É de suma importância essa vitória. Foram anos de luta, mas, finalmente, está sendo concluída essa etapa. Estamos lutando para diminuir o número de contratos políticos e que a Constituição seja cumprida. Cargo público é através de concurso público – argumenta.
Pelo telefone, a secretária de Educação Laura Barreto comemorou o sucesso da convocação.
– Muitos que já estavam contratados ficaram na mesma escola. Não terá modificação de escola nesse momento, o que é muito importante. Que eles sejam bem vindos. Muitos estão esperando mais de oito anos essa chamada. E essas vagas existem. São vagas são necessárias – comentou Laura.
A recusa da gestão passada em chamar os concursados causou grande atrito com o Sepe. Os profissionais da Educação cobraram a convocação e chegaram a entrar com uma ação em 2013 – mas o então prefeito Alair Corrêa (PP) recorreu.