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Suposto golpe aplicado por revendedora de carros lota delegacia de Cabo Frio

Segundo vítimas, dono desapareceu com dinheiro e veículos

01 junho 2016 - 13h47
Suposto golpe aplicado por revendedora de carros lota delegacia de Cabo Frio

 A delegacia de Cabo Frio ficou mais movimentada que o normal durante todo o dia de ontem. No mínimo, dez pessoas estiveram na 126ª DP para prestar queixa de golpe contra o dono de uma das mais conhecidas revendedoras de carro da cidade. Conhecido como ‘Tony’, o homem fechou a loja pouco antes do feriado de Corpus Christi e desde então não foi mais visto.

Para piorar, a maior parte dos veículos deixados para venda, troca e consignação foi retirada do estabelecimento, que funcionava há pelo menos oito anos na Avenida Teixeira e Souza, no Braga, segundo informações confirmada por vizinhos e antigos funcionários, que não quiseram se identificar. Na maioria dos casos, os proprietários não receberam o dinheiro de transações realizadas na concessionária.

Acompanhado da mulher e da filha e com uma pasta cheia de documentos, o empresário Ricardo Annunziata estimava seu prejuízo em cerca de R$ 70 mil, referentes a dois carros deixados na loja, um Nissan e um Fox.

Ricardo diz ter recebido apenas R$ 10 mil referentes à diferença de troca do primeiro veículo por um Sandero, que ainda estava à venda no estabeleceimento e também foi levado. Com relação ao Fox, o calote foi de mais de R$ 54 mil, de um cheque-caução dado pela revendedora e devolvido pelo banco. Foi desconfiando da demora no pagamento que ele procurou a loja na sexta passada e deu com a cara na porta.

– Meu carro foi vendido e o curioso é que a financeira pagou à loja apenas com a cópia do recibo sem a minha assinatura – reclamou o empresário.
Ainda se refazendo do susto, o comerciante David Mattos comentou que deixou sua Zafira para consignação há três meses. Ontem, ao chegar na loja para perguntar sobre a demora para desfecho do negócio, também se surpreendeu.

– Fiquei preocupado e vim à delegacia para saber se tinha algum movimento em relação a isso e encontrei várias pessoas. Soube por um ex-funcionário que meu carro foi vendido, financiado por um banco, sendo que eu não passei recibo algum – comentou.

A Folha dos Lagos tentou entrar em contato com o dono da loja pelos números de telefone divulgados na fachada, mas não obteve sucesso. O delegado Carlos Abreu também não retornou a chamada da reportagem.

Matéria atualizada em 02/06 às 09:07h.