Se o discurso do prefeito Marquinho Mendes (PMDB) é de reconstrução, é bom que comece pela própria sede do governo municipal. No primeiro dia útil de trabalho da nova gestão, a equipe de trabalho de Marquinho assustou-se com as condições de infraestrutura no prédio deixadas pela gestão anterior, de Alair Corrêa (PP). Em várias salas, foi dada falta de móveis, ventiladores, computadores e até das maçanetas das portas, material levado nos últimos dias do governo Alair.
Nem o gabinete do prefeito escapou ileso, pois parte do mobiliário foi retirada do local. Um dos lugares em situação mais crítica é a coordenação de Comunicação Social. Um armário onde era guardado material de escritório foi furtado através da janela. Em função disso, um boletim de ocorrência chegou a ser registrado pelos antigos coordenadores da área. Outra sala foi interditada, pois uma infiltração fez parte do teto mofado ceder.
A tarefa de divulgar as primeiras ações governamentais na mídia também está dificultada porque faltam computadores e o telefone está cortado para chamadas externas, uma vez que a dívida com a operadora de telefonia chega a cinco meses de atraso. Aliás, nos próximos dias, Marquinho irá pessoalmente, acompanhado do secretário de Administração, Deodoro Azevedo, renegociar os débitos do município com as concessionárias de água (Prolagos) e de energia elétrica (Enel).
No Departamento de Licitação, a situação é um pouco melhor, mas em uma das salas as paredes estão descascando também por causa de vazamentos. Já no Controle Interno, não havia monitores suficientes para todos os computadores. Diante do problema, equipes já fazem o levantamento dos danos para que os problemas sejam resolvidos e uma nova contabilização dos itens (inventário) será realizado por cada um dos setores.
Enquanto isso não acontece, os servidores têm que lidar com problemas básicos como a falta de água nas torneiras, por causa de um problema na bomba; e de material de limpeza. Como se não bastasse, os transtornos se espalharam por outras secretarias. Na de Turismo, por exemplo, a falta de luz fez com que a secretária Fabíola Bleicker se mudasse para o prédio da Prefeitura. Por sua vez, as secretarias de Educação e Fazenda foram encontradas em condições aceitáveis de trabalho.