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Fim de festa antes da hora

Turistas que vieram para o Carnaval são vítimas de novo golpe do falso aluguel em Cabo Frio

11 fevereiro 2016 - 09h58

Para pelo menos cinco famílias, o Carnaval teve gosto de quarta-feira de cinzas antes mesmo de começar. Tudo porque elas foram as mais novas vítimas do golpe do falso aluguel de temporada, que tem crescido cada vez mais em Cabo Frio e em toda a Região dos Lagos. O objeto das denúncias desta vez é um apartamento que fica em uma das áreas mais nobres da cidade, na Rua Ismar Gomes de Azevedo, a poucos metros da Praia do Forte. O imóvel foi anunciado em vários grupos do Facebook.

De acordo com as vítimas, a forma de agir era sempre a mesma: após conhecer o local em companhia da acusada, que declara ser norueguesa, um sinal era pago e o contrato registrado em cartório. Poucos dias antes da ocupação do imóvel, no entanto, a proprietária dizia que ele precisava de obras e desfazia o negócio. Contudo, não houve devolução do dinheiro, tampouco uma satisfação da dona do apartamento, que não foi encontrada pela reportagem para falar sobre o assunto. Sua última postagem é de 26 de novembro do ano passado. No local, o porteiro frequentemente avisa que ela não está.

As pessoas lesadas pretendem levar o assunto à Justiça, caso da mineira Júlia Vieira, 22, que pretendia passar o Carnaval na cidade com outras dez pessoas. Ela disse que chegou a depositar R$ 1 mil na conta da acusada, mas ficou desconfiada após perder contato. Para sua surpresa, ao chegar à cidade, encontrou outras três famílias na mesma situação.

– Eu me sinto enganada, lesada, indignada. Procurei olhar o Facebook dela pra ver se não era algum fake e encontrei fotos dela com os três filhos pequenos que ela tem. Em momento algum imaginei que ela fosse uma pessoa de má índole. Eu vou fazer de tudo pra reaver meu dinheiro mas infelizmente acho que vai ser algo demorado – lamentou.

O empresário de Teresópolis Fábio Leal, também de 22 anos, tinha sido enganado no mesmo golpe, mas na virada do ano. Lesado em R$ 1.250, o rapaz disse que ao tentar reaver o dinheiro foi tratado com deboche pela proprietária. Segundo ele, a acusada não age sozinha.

– Ela tem que ser presa. Isso é formação de quadrilha. Ela continua anunciando. Os golpes dela tomaram uma proporção a perder de vista. Nos grupos de aluguel de temporada só se fala dela – afirmou.

O assunto já virou caso de polícia. De acordo com o titular da 126ª DP, Carlos Abreu, foi aberta uma investigação e caso seja comprovada a culpa da suspeita, ela pode ser enquadrada por estelionato e condenada a até quatro anos de prisão. – Mas, nesses casos, geralmente a pessoa cumpre uma pena alternativa – explicou o delegado.