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Família cabofriense tenta levantar recursos para jovem estudante ingressar em universidade portuguesa

Campanha de financiamento coletivo foi lançada após aprovação do aluno no Exame Nacional português

12 agosto 2020 - 19h20Por Redação

A família do cabofriense Davi Mendonça Cardoso, de 17 anos, promove um financiamento coletivo pela internet para pagar o primeiro ano do curso de graduação do jovem. Ele foi aprovado no Exame Nacional do Ensino Secundário português, equivalente ao Enem do Brasil. O estudante alcançou nota 18, bem próximo da máxima, que é 20. O resultado é o primeiro passo para ingressar nas universidades de Portugal no período letivo 2020/2021, que inicia em setembro. 

Davi mora em Portugal desde dezembro do ano passado em companhia da sua mãe, a jornalista Simone Mendonça, que foi cumprir o período de aulas presenciais em uma universidade portuguesa. Nesse período, o jovem frequentou o ensino secundário, prestou o Exame Nacional que dá acesso ao ensino superior e garantiu a aprovação, apesar do curto tempo de adaptação ao sistema de ensino do país. 

Ambos previam voltar ao Brasil logo após o fim do ano letivo. Porém, mãe e filho foram surpreendidos pela pandemia e, somado ao excelente resultado do adolescente, os planos foram alterados. Agora, os dois tentam alternativas para que o jovem possa cursar a universidade em Portugal. O único impedimento é que a família não possui recursos financeiros suficientes para custear o curso, cujo investimento é alto para alunos estrangeiros. Os valores são estabelecidos por ano pelas universidades e variam de 3 mil a 7 mil euros, dependendo da instituição. 

"Neste momento complicado que o mundo atravessa, penso que o melhor é permanecermos aqui. Ainda mais agora, com a possibilidade de o meu filho ingressar numa universidade local. Se ele tivesse nacionalidade portuguesa ou igualdade de direitos e deveres pelo Estatuto pagaria os mesmos valores aplicados aos cidadãos portugueses. Mas não temos esses benefícios", explica Simone. 

Segundo ela, as inúmeras bolsas de estudo oferecidas pelo governo, pelas universidades e outras instituições geralmente contemplam apenas alunos portugueses. Foi então que Simone pensou na possibilidade de promover um financiamento coletivo na tentativa de alcançar o valor referente ao primeiro ano do curso. Após a aprovação do pai, o professor José Vinícius Cardoso, a ideia foi colocada em prática.

Um sonho nas terras de Fernando Pessoa

Natural de Cabo Frio, Davi estudou os primeiros anos do Ensino Médio no Colégio Futuro e o Ensino Fundamental no Centro Educacional Alexis Novellino, sempre com bom desempenho. Também passou pelo Instituto Nossa Senhora da Glória, em Macaé, no período em que morou na cidade com a mãe. Além das escolas regulares, também estudou alguns anos no Yazigi de Cabo Frio, o que garantiu sólidos conhecimentos na língua inglesa.
 
"As instituições pelas quais o Davi passou o prepararam muito bem para os desafios e formaram uma base sólida de conhecimentos, que contribuiu significativamente para o sucesso do resultado obtido no exame português. Somos gratos a cada profissional que fez parte da sua formação e que até hoje torce por ele", agradece Simone.

Agora, após a importante conquista da nota para ingressar no curso superior e em paralelo à expectativa de conseguir angariar os recursos necessários, o jovem sonha, faz planos e cogita cursar Relações Internacionais ou Culturas. 

"O concurso permite que eu me candidate a seis cursos diferentes. Minhas opções são todas na área de Humanidades. Espero conseguir o financiamento para realizar meu sonho de continuar estudando aqui", conta, esperançoso, o jovem.

Quem quiser colaborar, é só acessar o link:
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/avante-davi-rumo-a-universidade