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Excesso de lixo nas ruas de Cabo Frio é denunciado por leitores

Enquanto isso, hospitais da cidade sofrem com falta de vagas para pacientes

02 outubro 2015 - 11h41

A cada dia, os problemas se acumulam na cidade e quem paga a conta, literalmente, é a população, conforme eviden­ciam inúmeras denúncias e fotos de leitores recebidas diariamen­te pela Folha. A demissão de quatro mil servidores, em mar­ço, foi um dos primeiros cortes do governo. Outro exemplo a sensação de abandono nas ruas – com lixo espalhado pelos qua­tro cantos do município, como já demonstraram inúmeras reporta­gens do jornal ao longo deste ano.

    

Apesar da crise, a Comsercaf, que deveria ter sido extinta há pelo menos um mês, recebeu suplementação de R$ 9 milhões, assim como a empresa Córrego Rico, também de limpeza urba­na, teve liberação de aditivo de R$ 27 milhões na semana passa­da. A mais recente reportagem, publicada ontem, mostrou que cerca de 95% das praças, prin­cipalmente na periferia, mais parecem cenário de guerra com destruição por todo lado.

Já a desordem toma conta das ruas com carros estacionados nos dois lados da calçadas em vias de mão dupla, o que dificul­ta inclusive o tráfego de ônibus. Em São Cristóvão, a dificuldade dos ônibus é diária para passar nas ruas estreitas e chegar ao ponto final dos coletivos.

– A prefeitura está trabalhan­do, mas não sabemos onde – es­creveu o leitor Kleber Oliveira no Facebook do jornal.

Na saúde, um manancial de problemas, que persistem até hoje. Depois de sucessivas tro­cas de comando desde o início do governo em 2013 – seis ao todo, sendo uma delas formada por co­mitiva composta por quatro ges­tores – o prefeito assumiu como interventor da pasta em maio deste ano para investigar o que os leitores denunciam constan­temente: falta de medicamentos, de material para exames básicos, filas para marcação de consul­tas, falta de insumos como ges­so (um leitor enviou foto de um paciente que teve a perna imo­bilizada com papelão), falta de ambulância e de vagas para in­ternações, além de mau atendi­mento dos profissionais de saú­de, sobretudo na UPA do Parque Burle, segundo leitores.

– O São José Operário está sem UTI adequada. Estão im­provisando onde deveria ser uma enfermaria porque a UPG ainda não funciona – disparou Fabiane Ribeiro Corrêa, 23.

A demora na transferência de pacientes de hemodiálise bem como os sucessivos episódios com gestantes no Hospital Mu­nicipal da Mulher, denunciados frequentemente, completam o rol de queixas e que a Prefeitura deposita apenas na conta da que­da da arrecadação.