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Estudantes

Estudantes garantem Passe Livre até dezembro

Reunião com Salineira selou manutenção do benefício até o fim do ano

12 maio 2017 - 08h21Por Texto e foto: Gabriel Tinoco
Estudantes garantem Passe Livre até dezembro

Após o dia de protestos no Centro, os estudantes asseguraram o passe livre para todas as unidades públicas de en­sino em Cabo Frio até o fim do ano. Os manifestantes afirmaram que a Salinei­ra se comprometeu em manter o direito dos alunos – a empresa, no entanto, terá que renegociar a questão se o Governo do Estado não refizer os repasses até de­zembro – em reunião na sede da empre­sa, na tarde de ontem.

Os estudantes marcaram outra reu­nião com a empresa na sede do Instituto Federal Fluminense (IFF), hoje, às 15h, para debater o passe livre federal, que será mantido momentaneamente.

– Temos assegurados o passe livre municipal e o estadual por lei. Essa reu­nião será para debater as causas específi­cas do IFRJ e do IFF. Vamos marcar uma reunião com as seguintes representações estudantis: grêmios, Fenet e Aerj para de­bater novas reivindicações - disse a estu­dante Isabele Nogueira.

O diretor da Salineira, Gerson Geraldo, desmente os boatos do fim do passe livre.

– Jamais aventamos a possibilidade de acabar com o passe livre, até pela nosso compromisso social de ver os estudantes na escola.

Na tarde de ontem, dezenas de manifes­tantes saíram da Praça Porto Rocha e ocu­param a Prefeitura de Cabo Frio. O prefei­to Marquinho Mendes (PMDB) recebeu os manifestantes e entrou em contato com a diretoria da Salineira para confirmar o acordo. Os alunos prometeram resistência durante o protesto.

– Estão retirando nossos direitos e va­mos lutar por eles – garante Isabelle No­gueira, 17, aluna do Segundo Ano do IFF.

Para a estudante do segundo ano do Renato Azevedo, Sol Salinas, 17, o gasto com a passagem para o Instituto Federal Fluminense (IFF) é enorme.

– O nosso objetivo é lutar pelo direito dos estudantes. Este é um direito muito importante. Primeiramente, a passagem está muito cara. Se contar o dinheiro que o estudante gasta para ir ao IFF, dá R$ 400 em um mês. É muito dinheiro para arcar – desabafa.

A estudante do IFF, Nathalya Guedes, 18, lamenta pelos alunos com menos condições financeiras.

– O estudante não tem como bancar. Estão tirando a oportunidade de estudar, o direito dos estudantes e dos mais po­bres. O filho do empresário vai de carro para a escola. Para ele não faz diferença – critica.