Após o dia de protestos no Centro, os estudantes asseguraram o passe livre para todas as unidades públicas de ensino em Cabo Frio até o fim do ano. Os manifestantes afirmaram que a Salineira se comprometeu em manter o direito dos alunos – a empresa, no entanto, terá que renegociar a questão se o Governo do Estado não refizer os repasses até dezembro – em reunião na sede da empresa, na tarde de ontem.
Os estudantes marcaram outra reunião com a empresa na sede do Instituto Federal Fluminense (IFF), hoje, às 15h, para debater o passe livre federal, que será mantido momentaneamente.
– Temos assegurados o passe livre municipal e o estadual por lei. Essa reunião será para debater as causas específicas do IFRJ e do IFF. Vamos marcar uma reunião com as seguintes representações estudantis: grêmios, Fenet e Aerj para debater novas reivindicações - disse a estudante Isabele Nogueira.
O diretor da Salineira, Gerson Geraldo, desmente os boatos do fim do passe livre.
– Jamais aventamos a possibilidade de acabar com o passe livre, até pela nosso compromisso social de ver os estudantes na escola.
Na tarde de ontem, dezenas de manifestantes saíram da Praça Porto Rocha e ocuparam a Prefeitura de Cabo Frio. O prefeito Marquinho Mendes (PMDB) recebeu os manifestantes e entrou em contato com a diretoria da Salineira para confirmar o acordo. Os alunos prometeram resistência durante o protesto.
– Estão retirando nossos direitos e vamos lutar por eles – garante Isabelle Nogueira, 17, aluna do Segundo Ano do IFF.
Para a estudante do segundo ano do Renato Azevedo, Sol Salinas, 17, o gasto com a passagem para o Instituto Federal Fluminense (IFF) é enorme.
– O nosso objetivo é lutar pelo direito dos estudantes. Este é um direito muito importante. Primeiramente, a passagem está muito cara. Se contar o dinheiro que o estudante gasta para ir ao IFF, dá R$ 400 em um mês. É muito dinheiro para arcar – desabafa.
A estudante do IFF, Nathalya Guedes, 18, lamenta pelos alunos com menos condições financeiras.
– O estudante não tem como bancar. Estão tirando a oportunidade de estudar, o direito dos estudantes e dos mais pobres. O filho do empresário vai de carro para a escola. Para ele não faz diferença – critica.