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Juturnaíba

Estiagem no Paraíba do Sul não prejudica represa de Juturnaíba

Prolagos garante água na Região dos Lagos

09 setembro 2014 - 14h20Por Nicia Carvalho|Foto: Héllen Souza/Folha da Manhã

Mesmo com as constantes notícias sobre o risco de prejuízo no abastecimento de água por conta da estiagem que afeta o Rio Paraíba do Sul, a Prolagos, concessionária de água da Região dos Lagos, garante que o problema não atinge a represa de Juturnaíba. O abastecimento não será comprometido e, até o momento, não há risco de racionamento de água para as cidades da área de concessão que abrange os municípios de Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia.

Em nota a empresa afirmou que “o nível do manancial de água doce da represa de Juturnaíba, que abastece a região, está dentro da normalidade, sem apresentar alteração significativa no abastecimento para os municípios atendidos pela concessionária”. Segundo a Prolagos, o nível da represa está satisfatório.

– O nível do reservatório está equilibrado motivado pela devida operação das comportas e da limpeza dos vertedouro, que são estruturas de concreto que controlam a vazão da queda d’água – explicou Carlos Roma Jr., presidente da Prolagos, acrescentando que análises periódicas sobre a manutenção e estrutura da barragem são exigidos pela Agência Nacional de Águas (ANA).

A concessão da operação da represa passou para a Prolagos a partir de 1998 e desde então, entre as obrigações da empresa está a manutenção e operação das comportas para manter o nível e a vazão da água após a barragem. As operações da concessionária seguem as diretrizes estabelecidas pelo Comitê de Bacias Lagos São João.

Nível do Paraíba do Sul preocupa

Para evitar a redução do nível do Rio Paraíba do Sul, a Agência Nacional de Águas (ANA) estendeu até o fim de setembro a redução da vazão mínima da barragem de Santa Cecília, no município de Paraíba do Sul, que passou de 190 metros cúbicos por segundo para 160 metros cúbicos. Por conta disso, a prefeitura da cidade está em estado de alerta.

A medida é a terceira redução aprovada para a barragem pela Agência reguladora e o objetivo é garantir os estoques de água. Atualmente, o nível do manancial é de apenas 18,5%, o mais baixo já registrado desde 2003.

A agência informou ainda que o acompanhamento sobre o impacto das reduções será feito por meio de relatórios periódicos entre o governo estadual,  os Comitês de Integração da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul e do Rio Guandu por meio do Operador Nacional do Sistema Elétrico. 

Com mais de 62 mil quilômetros quadrados, a bacia do Rio Paraíba do Sul cruza 184 municípios e abastece diversas cidades, inclusive as da região metropolitana do Rio de Janeiro. A bacia é formada pelos reservatórios de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil. A extensão é de 1.137 km, desde a nascente do rio Paraitinga até a foz em Atafona, em São João da Barra, no Norte Fluminense do estado.

São Paulo sofre com estiagem

O nível do Sistema Cantareira, em São Paulo, segue causando preocupação. Atualmente, o manancial opera com apenas 10,7% da capacidade. No início do mês, a represa completou cem dias consecutivos de queda no volume de água. As informações são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulga dos ontem.

Os níveis de água continuam baixando e as perspectivas não são as melhores. Apesar de setembro ser mais chuvoso do que agosto, ainda é considerado um mês de estiagem. A previsão  é de que a chuva fique dentro da média, estimada em 67,7mm, de acordo com. Segundo especialistas, as mudanças de tempo ocorrem principalmente por causa da chegada da primavera. O Sistema do Alto Tietê segue com situação equivalente ao do Cantareira e registra 15,3% da capacidade enquanto a represa do Guarapiranga está com 57,1%.