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Greve

Estado de tensão permanente em Cabo Frio

Greve da Educação chega ao décimo dia sem incidentes, mas animosidade entre professores e guardas continua

18 dezembro 2015 - 09h20Por Rodrigo Branco

    

      Foto: Rodrigo Branco

A paralisação dos profissio­nais da Educação de Cabo Frio completou dez dias ontem sem solução para a falta de pagamento dos salários de novembro, apesar da decisão judicial que obriga a Prefeitura a depositar o salário dos servidores no prazo de 72 horas após a sua notificação. De concreto mesmo, apenas o clima de tensão no reencontro entre os educadores e a Guarda Municipal menos de um dia depois da confu­são durante a ocupação da sede da secretaria de Fazenda pela catego­ria, que terminou em pancadaria.

Se nos atos de ontem, em fren­te à Câmara Municipal e na Praça Tiradentes, não foram registrados novos incidentes, a animosidade estava claramente no ar. Acusados de agredir quatro mulheres, dentre as quais a diretora de imprensa do Sepe Lagos, Denise Teixeira, os agentes foram hostilizados pelos profissionais de ensino. Em de­terminado momento, um grupo de agentes que passava em fren­te à Prefeitura foi muito vaiado. Alguns manifestantes xingaram. Um dos guardas ironizou, acenan­do para o grupo, o que aumentou a ira dos professores. Profissionais da Saúde, que também estão para­dos, engrossavam o protesto.

Mais cedo, na sessão da Câ­mara, Denise Teixeira comentou o episódio e criticou duramente a ação da Guarda Municipal. Se­gundo ela, o incidente poderia ter tomado uma proporção muito maior do que foi, quando termi­nou na delegacia da cidade.

– A gente gostaria de abrir uma campanha contra o armamento da Guarda Municipal porque se ontem ela estivesse armada na secretaria de Fazenda a gente te­ria uma chacina. Mesmo porque a gente teve uma companheira que foi agredida com uma arma de choque, o que não é permitido – denunciou a sindicalista que fez ontem exame de corpo de delito.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta sexta-feira (18)