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Hospital Regional

Estado afirma que repasses para Hospital Regional de Araruama estão em dia

Salários atrasados e falta de materiais têm prejudicado atendimento

14 junho 2016 - 07h07Por Rodrigo Branco
Estado afirma que repasses para Hospital Regional de Araruama estão em dia

A crise que assola a Saúde no estado, fechando uma UPA em Cabo Frio e restringindo o atendimento de outra, em São Pedro, também atinge em cheio o Hospital Estadual Roberto Chabo, o Regional de Araruama, considerada unidade de atendimento de referência para casos de média e alta complexidade.
Assim como aconteceu com as UPAs, o governo estadual atrasou repasse da cota mensal de R$ 6 milhões para a gestão da unidade, feita atualmente pela organização social Sócrates Guanaes. Como consequência, os médicos e funcionários estão com salários atrasados. Por sua vez, a secretaria estadual de Saúde informou que já fez o pagamento à Organização Social e que espera regularizar a situação nos próximos dias.

Enquanto isso não ocorre, segundo funcionários, o atendimento ambulatorial e de emergência também estão prejudicados pela falta de materiais básicos. Nos municípios vizinhos, a preocupação é que a crise no hospital, que tem 650 funcionários e cem leitos, sobrecarregue ainda mais a rede.

– Na verdade, o impacto será sentido em toda região, pois o Hospital Regional é referência estadual para os municípios da Baixada Litorânea. O município cabista será prejudicado principalmente em cirurgias ortopédicas, cirurgias gerais, hemodiálise, CTI e outros procedimentos de alta complexidade, já que nosso hospital só atende casos de baixa e média complexidade – comentou o secretário municipal de Saúde de Arraial, Gilberto Freitas da Costa.

Município que normalmente absorve a demanda das cidades próximas e que fica a menos de uma hora de Araruama, Cabo Frio também corre o risco de ter aprofundados os próprios problemas, uma vez que além da UPA, o Hospital do Jardim Esperança segue fechado, primeiro para reformas e depois por causa da greve dos servidores. Atualmente, para emergências, a rede municipal conta apenas com o HCE de São Cristóvão.

Em nota, além da confirmação de pagamento ao Instituto Sócrates Guanaes, a secretaria de Saúde informa que vem administrando uma situação financeira “caótica” tendo realizado até agora os seus pagamentos “com somente 30% do orçamento total”. Ainda de acordo com a secretaria, por conta de procedimentos bancários, os recursos devem estar disponíveis nos próximos dias. Na nota, a secretaria também pede desculpas aos funcionários do Hospital Regional e ressalta que tem solicitado às OSs que priorizem o pagamento dos salários dos colaboradores. Por fim, a pasta acrescenta que não há desassistência aos pacientes. Até o fechamento da edição, a organização social não tinha respondido à reportagem.