Aguarda com ansiedade por comerciantes e consumidores, a Black Friday pode guardar armadilhas para os mais afoitos, principalmente nas compras eletrônicas. O idealizador da Black Friday no Brasil, Ricardo Bove, deu dicas para os leitores da Folha de como escapar da ‘arapuca’ montada por muitas empresas.

– Existem dois tipos de reclamações. Sobre o medo da segurança, a principal dica é de comprar de lojas conhecidas. Comprar de quem já comprou antes ou conhece do varejo físico. A outra grande reclamação é a maquiagem de preços. Tem que pesquisar antes. A Black Friday já começou. Mas temos sentido o amadurecimento do consumidor ao longo dos anos. Segundo nossa pesquisa, 95,7% dos consumidores já pesquisou antes. Mas quando ele vir que a oferta é real, tem comprar rápido porque os estoques acabam rápido – ensina.

Em Cabo Frio, o Procon vai montar uma verdadeira blitz que percorrerá lojas do Centroe do shopping, contra possíveis práticas que lesem o consumidor. Os infratores serão autuados e podem ser multados.

– Vamos ver principalmente se há propaganda enganosa, quando não há verdadeiramente o desconto. A gente chega numa loja de departamentos, por exemplo, e pede aleatoriamente para abrir o sistema e ver o preço de dez dias antes, para saber se teve mesmo o desconto. Os cartazes também têm que ter claramente os valores à vista e a prazo; e de pagamento no cartão e no dinheiro – afirma a coordenadora do Procon, Mônica Bonioli.