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Espaços de lazer de Cabo Frio viram ruínas e causam insatisfação

Praças vivem abandono; situação é bem pior na periferia

01 outubro 2015 - 09h12

GABRIEL TINOCO

 

    

“A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mes­mo jardim”. Se Ronnie Von es­tivesse sentado num banco em Cabo Frio enquanto escrevesse a canção, a letra sairia total­mente diferente. Afinal, o que se encontra por aqui são praças em péssimo estado de manutenção.Não é incomum achar, por exem­plo, uma criança reclamando de uma quadra poliesportiva com as traves declinadas e as redes rasgadas. Passeie pela cidade e encontre as pistas da união entre má conservação e vandalismo. Bancos quebrados, brinquedos deteriorados, pichações, sujeira e até postes com risco de queda são alguns dos rastros deixados.

Parece que passou um tornado na Praça do Manoel Corrêa. As redes que contornam a quadra estão caídas no meio do cam­pinho de futebol, onde areia e grama se confundem. Pela falta de uso, o espaço se transformou num depósito de lixo – talvez para deixar bem claro que crian­ças não podem brincar ali.

Não é apenas no Manoel Cor­rêa que a falta de lazer é evi­dente. O projeto socioesportivo ‘Estrelas do Bairro’, no Morubá, no bairro Vila Nova, precisou ser interrompido por causa da areia da quadra estar infestada de bactérias. A princípio, a mu­dança foi para o campo sintético Golden Goal, ao lado da comu­nidade. Mas, por não conseguir custear o aluguel do socyete, sem recursos da Secretaria de Esporte, o idealizador Marcelo Pessanha, 46, resolveu transferir os treinos para a quadra da Vila Nova há exatos dois anos.

 

– Fiz uma parceria com o time do bairro, o Zelador. Por isso, o projeto mudou para o Vila Nova. Uma criança pegou micose por causa da sujeira na areia. É um projeto importante para a comu­nidade, já que tira as crianças da rua. A praça sofreu algumas mudanças, porque entrou uma nova presidente na Associação de Moradores do bairro. Mas ainda falta muito. A quadra está com as telas quebradas e o par­que simplesmente não funciona – lamenta.

Ao lado do campo abandona­do, está uma plaquinha que de­monstra o bom humor de quem não tem muitos motivos para sorrir: o ‘banco dos brochas’ abre uma praça esquecida pelas autoridades, mas não pelos mo­radores.

    

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta quinta-feira (1)