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Escola Luis Lindenberg fica sem aulas

Falta de material, merenda e demissões suspendem atividades

09 setembro 2016 - 19h38
Escola Luis Lindenberg fica sem aulas

Pouco depois da Secretaria de Educação determinar a suspensão das matrículas de primeiro ano dos colégios municipais, foi a vez da Escola Luis Lindenberg, no Guarani, em Cabo Frio, encerrar as atividades e as aulas estão sem previsão para retornar. O fechamento irritou os moradores do bairro, principalmente os pais de alunos – apenas a secretaria da unidade se manteve aberta.


A escola tem por volta de 850 alunos que se dividem entre as turmas de primeiro a nono ano. Ultimamente, o colégio funcionava em horário reduzido – das 7h até 9h30 e 12h45 às 15h30 – justamente pela falta de material e condições de trabalho. A demissão de 17 funcionários prejudicou  o funcionamento da unidade – além disso, a falta de pagamento prejudica os servidores no momento de ir trabalhar.


O diretor geral do colégio não foi autorizado pela secretária de Educação, Luana Ferreira, a falar sobre o assunto. Ambos marcaram reunião para a próxima segunda-feira para tentar resolver os problemas da escola.


O diretor adjunto Douglas Alegre não sabe como a escola conseguiu manter as portas abertas por tanto tempo.
– Fechou porque não tinha as condições mínimas para a escola continuar aberta. Essas condições foram acabando. Problemas de falta de merenda, de verba, de material para a papelaria. A escola estava sendo invadida e depredada. Roubaram as divisórias das portas dos banheiros do colégio. Isso sem contar a dispensa de muitos funcionários. Os concursados que trabalham com limpeza e inspeção não têm vale-transporte. Portanto, não tem dinheiro para trabalhar por conta dos atrasos. A comunidade ficou bastante irritada por toda a problemática do município. E, pior, as providências não são tomadas. Tentamos funcionar até em horário reduzido, mas assim fica difícil – desabafa.


A Folha  tentou entrar em contato com o Governo Municipal, mas não obteve respostas até o fechamento desta edição.


Os servidores da Educação têm protestado incessantemente pelas ruas de Cabo Frio  das mais diversas maneiras – eles já enterraram cruzes na Praia do Forte para simbolizar o velório da pasta na cidade e até carregaram caixas de bananas para simbolizar a falta de merenda escolar.


As demissões anunciadas pelo Prefeito Alair Corrêa (PP), por exemplo, também foram alvos dos protestos: os professores da Escola Municipal Zélio Jotha, na Avenida Joaquim Nogueira, em São Cristóvão, recentemente, ficaram de luto na porta do colégio .