Debaixo de emocionante salva de palmas e com a presença de centenas de amigos e família, foi enterrado no fim da manhã desta sexta-feira (16) no Cemitério Santa Izabel, no Centro de Cabo Frio, o corpo da jovem Raquel dos Santos de Oliveira, de 28 anos. Ela foi atropelada e morta na quinta-feira (15) na subida da ponte Feliciano Sodré, no mesmo bairro. Em meio a muita lágrima e sentimento de dor, parentes da recepcionista estavam inconformados com a tragédia. Tio de Raquel, Eliseu Viana, estava revoltado com a decisão da delegada Andressa Mantel, responsável pelas investigações, que indiciou o garçon José Wilquis Madrona no crime de homicídio culposo (sem a intenção de matar). O atropelador só não foi liberado porque não teve como pagar a fiança de R$ 15 mil e de acordo com a delegada, ele seria transferido nesta sexta para uma casa de custódia, no Rio.
- Isso não ficará assim. Vamos cobrar diariamente das autoridades policiais. Não é possível deixar uma pessoa desta solta, pois em qualquer oportunidade fará mais vítimas e ficará impune. Ele estava bêbado e confessou ter consumido uma grande quantidade de álcool numa casa noturna no Canal Boulevard. O próprio exame comprovou o estado dele. Não concordamos com esta decisão. Hoje é a minha sobrinha, amanhã poderá ser com qualquer um de nós – argumentou Eliseu.
Inconsolável, a mãe de Raquel Elisete Viana dos Santos teve que ser amparada pelos familiares, pois não se conformava com a morte da filha. A mesma reação teve a irmã da vítima, Sara dos Santos, que teve que ser consolada a todo tempo ao lado do pai. Ela teve uma crise nervosa enquanto o caixão, coberto pela bandeira do Flamengo, era levado para a gaveta do cemitério.
- Eu quero a minha irmã de volta. Traga ela de volta para mim. Ele não quer ir embora – gritava Sara.