sexta, 26 de abril de 2024
sexta, 26 de abril de 2024
Cabo Frio
27°C
Park Lagos Super banner
Park Lagos beer fest
PANDEMIA DE CORONAVÍRUS

Empresários vão pedir reabertura do comércio com horário reduzido em Cabo Frio

Grupo tem reunião marcada com prefeito Adriano Moreno na tarde desta quinta-feira (26)

26 março 2020 - 16h02Por Rodrigo Branco

Um grupo de empresários de Cabo Frio vai se reunir com o prefeito Adriano Moreno (DEM) no fim da tarde desta quinta-feira (26) para pedir a reabertura do comércio na cidade, fechado desde a semana passada por força de decreto municipal, como forma de prevenção ao novo coronavírus. O grupo conta com mais de 100 comerciantes.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Região dos Lagos (SindCom), Cláudio Viviani, a proposta principal é reabrir os estabelecimentos em horário reduzido, com expediente diário de seis horas, e intervalo de 15 minutos para os funcionários. O dono da Lagos Tintas disse que será pedido um alongamento nos prazos para o pagamento de impostos.

– Conversamos há bastante tempo sobre essa pandemia, só que estamos preocupados com a pandemia financeira. Daqui a dois meses o vírus estará estabilizado, mas o caos financeiro vai trazer mais falidos do que falecidos. O caos já existe. Vão acabar os recursos para os trabalhadores, empregadores e setor público – argumenta Viviani, que defende o isolamento apenas para idoso e pessoas do grupo de risco.

O empresário Hugo Cecílio, da BoiBom, minimizou o impacto do Covid-19 e defendeu a reabertura imediata do comércio, também sob a argumentação do colapso econômico.

– O que estão fazendo com Rio e São Paulo chega a ser criminoso. A crise econômica vai ser muito mais grave que a de saúde. Depressão vai matar muito mais. As pessoas não vão ter mais o que comer. Alguns comerciantes não vão ter dinheiro para pagar as suas contas – afirmou.

Entidades pedem ajuda à Câmara dos Vereadores

Um grupo de entidades ligadas ao comércio e ao turismo de Cabo Frio recorreu ao Poder Legislativo para reduzir o impacto financeiro sobre a parada forçada nas atividades, em função da quarentena imposta como prevenção ao coronavírus. O grupo enviou uma carta para o presidente da Câmara Municipal, Luis Geraldo (Republicanos), para pedir a intermediação junto ao governo municipal e às concessionárias de água e energia elétrica, para conseguir medidas que deem fôlego financeiro nesse momento de queda de arrecadação.

Da prefeitura, as entidades pedem a criação de uma linha de crédito municipal, rápida e com juros baixos; isenção de Imposto sobre Serviços (ISS) no período da quarentena e reparcelamento do IPTU, com a primeira parcela a pagar 60 dias depois do fim da quarentena. Das concessionárias Enel e Prolagos, o grupo pede a suspensão dos cortes por falta de pagamento enquanto durar a quarentena; financiamento das contas que estejam em atraso pelo mesmo período; proibição da taxa mínima de consumo (Prolagos) e da demanda e da contribuição do serviço de iluminação pública (Enel), bem como a unificação dos valores da conta da Enel pela tarifa mais barata do consumo faturado ponta e fora de ponta de todos os grupos, e por fim; a obrigatoriedade de cobrança apenas do que for consumido de água e energia elétrica dos consumidores.

A carta é assinada pela Associação Comercial, Industrial e Turística (Acia); Associação dos Comerciantes da Rua dos Biquinis (Acirb), Sindicato Moda Praia; Associação de Hotéis e Restaurantes; Associação Costa do Peró, Associação de Engenheiros e Arquitetos da Região dos Lagos (Asaerla); Associação de Agências de Viagem, Transportes, Operadoras e Serviços de Turismo da Costa do Sol (Agenvi) e Convention Bureau.

“A nossa saúde, de nossa população e de nossos visitantes deve, como está ocorrendo, vir sempre antes de qualquer outro interesse. Porém não podemos nos esquecer da saúde financeira de nossas empresas e comércios. O já combalido movimento comercial de nossa cidade foi duramente golpeado pelo vírus”, diz trecho da carta enviada a Luis Geraldo.

Acia pede reabertura de lojas de construção e de conveniência em postos de gasolina em Cabo Frio

A Associação Comercial, Industrial e Turística (Acia) de Cabo Frio / Tamoios está solicitando à Prefeitura alterações de forma imediata em decreto municipal para o combate do coronavírus. O pedido foi feito através de carta aberta assinada pela presidente da entidade, Patricia Cardinot, ao prefeito Adriano Moreno. O objetivo é que o município libera a reabertura de lojas de material de construção e de conveniência em postos de gasolina, assim como fez o prefeito da capital do estado, Marcelo Crivella.

Segundo Patricia Cardinot, os lojistas que abrirem precisam continuar seguindo as medidas de prevenção necessárias, estipuladas pelas autoridades de Saúde. Ela pondera que ainda não é favorável à abertura de todo o comércio, devido ao fato de que a estrutura precária do sistema de saúde entraria em colapso com uma possível multiplicação de casos na cidade.

– Deve haver o distanciamento de segurança entre as pessoas. As aglomerações não podem ser permitidas de forma alguma. E os comerciantes evitar que idosos e pessoas de grupo de risco trabalhem dentro desses locais – observou Patricia Cardinot.