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Em São Cristóvão, torcedor que esteve no Maracanazo lembra da derrota histórica

"Aquela seleção de 50 era muito melhor do que essa", diz médico Cláudio Figueira

17 junho 2014 - 23h08
Em São Cristóvão, torcedor que esteve no Maracanazo lembra da derrota histórica

Em 1950, o médico Cláudio Figueira assistiu à derrota da Seleção Brasileira perante o Uruguai na Copa do Mundo, por 2 a 1. Estava no meio de 200 mil torcedores que se silenciaram no episódio eternizado como ‘Maracanazo’. Sessenta e quatro anos depois, Cláudio, hoje com 80 anos, assistiu ao empate amargo do Brasil contra ao México em São Cristóvão, Cabo Frio.  Ao lado dele, os torcedores não estavam tão decepcionados como aqueles da final da Copa de 50, mas, sim, inquietos com a apatia da seleção. O jogo foi transmitido num telão colocado no cruzamento da Rua Marquês de Olinda com a Avenida Lecy Gomes da Costa.

– Eu estava no episódio que ficou mais conhecido como Maracanazo. Foi uma tragédia ver que um goleiro do nível do Barbosa falhou logo no gol decisivo. Estou lembrando muito daquela Copa com essa competição que o Brasil está sediando novamente. Aquela seleção de 50 era muito melhor do que essa e mesmo assim foi derrotada na final.  Lembro da tristeza que tomou conta do Maracanã completamente lotado  – lembrou Cláudio Figueira.

Praia do Forte fica lotada

Os bares da Avenida Nilo Peçanha também ficaram lotados.  E sabe como é: torcedor que é torcedor não pode perder um jogo da seleção. Foi o caso do funcionário público André Nunes, 22. Mais cedo, ele estava surfando na Praia do Forte. Mas não é que conseguiu conciliar os dois esportes favoritos no mesmo dia? 

– Estava aqui na Praia do Forte com os meus amigos. É um hábito nosso pegar onda nos feriados nesse mar maravilhoso. Mas não podemos esquecer a nossa outra paixão: o futebol – contou .

A professora Michele Caldas, 30, e o piloto Vítor Caldas, 39, levam sempre o filho de nove meses para ver os jogos do Brasil. O jovem menino Arthur Caldas também tem a mania de ver o Flamengo entrar em campo com os pais. 

– Já fizemos questão de comprar uma camisa do Brasil para ele poder torcer junto com a gente sempre. Um dia levaremos o Arthur para ver uma partida no Maracanã para ele se apaixonar ainda mais pelo Flamengo – conta Vítor.

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Torcedores mostram animação na praia do forte

O assessor Marcos Souza, 38, fez questão de festejar mesmo após o empate sem gols da seleção. Segundo ele, a Copa do Mundo é mais uma maneira de juntar os amigos para comemorar.

–É muito legal quando estamos há muito tempo sem ver os amigos e o futebol nos reúne novamente. Quero fazer uma festa ou tomar uma cerveja com as pessoas que amo. Todo mundo nesse país é apaixonado por futebol. Portanto, não tem programa melhor para fazer nessa época.

A torcida da cabofriense, a Povão, não deixou de fazer a festa para ver a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari. Os moradores da Rua Duque de Caxias fizeram uma feijoada na casa do carpinteiro Felipe Freire, 29.

– Estamos todos juntos vendo a Seleção Brasileira e ainda comendo uma feijoada na minha casa. Já fizemos um churrasco no jogo de abertura – finaliza Felipe.