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RIGOR CONTRA O COVID-19

Em reunião com prefeitos, Witzel fala em prisão para quem não cumprir medidas de isolamento

Governador cobrou ação coordenada de municípios durante o período de quarentena

30 março 2020 - 21h52Por Rodrigo Branco

Em reunião com os prefeitos do estado do Rio, em videoconferência realizada nesta segunda-feira (30), o governador Wilson Witzel (PSC) falou que quem descumprir as medidas do decreto estadual, que prorrogou por 15 dias o isolamento social como combate ao novo coronavírus, poderá ser preso e responder criminalmente. O recado foi passado aos prefeitos, a quem Witzel pediu ação coordenada e unificada no sentido de fazer cumprir os pontos do decreto estadual.

A conversa surtiu efeito e municípios que encaminhavam a flexibilização das restrições voltaram atrás. Na Região dos Lagos, o prefeito de Iguaba Grande, Vantoil Martins (Cidadania) decretou estado de emergência e revogou o decreto que reabria alguns ramos comerciais, que não são tidos como essenciais. Antes mesmo da reunião com o governador, Arraial do Cabo também desistiu de permitir a reabertura do comércio em horário reduzido.

O prefeito de Arraial, Renatinho Vianna (Republicanos), deu o tom da cobrança feita por Witzel na reunião.

– Ele cobrou a manutenção de todo o protocolo, de todas as medidas de isolamento. Temos que criar esses bloqueios, intensificar essas barreiras sanitárias, intensificar essa fiscalização. É um mal necessário, são medidas drásticas, até radicais, mas extremamente necessária para preservar vidas, principalmente a dos e daqueles que tem doenças crônicas. A gente segue na luta. Desde o início, tomamos as medidas, fomos os primeiros a toma-las. Pensávamos em dar uma flexibilizada no comércio, mantendo as barreiras, mantendo o rigor.  Mas  resolvemos revogar o decreto, para radicalizar, esperar o pior passar para não ter problemas maiores na frente. Prevenir é melhor do que remediar – disse o prefeito cabista à Folha.

Mas nem tudo foi cobrança. O governador lembrou aos prefeitos que o ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou a possibilidade de antecipar R$ 7 bilhões para o Estado do Rio de Janeiro, antecipando a receita com a outorga da Cedae.

Durante as conferências, os prefeitos apresentaram as ações que estão sendo tomadas para ampliar leitos nos municípios.  O governador pediu que organizassem as demandas por EPIs (equipamentos de proteção individual), kits de testagem e respiradores.

– Vamos nos organizar, com base neste material, para alocar os recursos nos municípios – reforçou o secretário de Saúde, Edmar Santos.

 Witzel também falou da distribuição de cestas básicas para a população mais vulnerável economicamente, que começa a ser feita esta semana na capital, na Baixada Fluminense, em São Gonçalo e Itaboraí, mas deve ser, posteriormente, estendida a outros municípios.

– Sei que há pressões de todos os lados, mas temos que ter sabedoria, paciência e persistência para buscar soluções – afirmou o governador.