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Eleitores de Cabo Frio reclamam do nível dos debates entre candidatos na TV

No entanto, população se baseia nos confrontos para se decidir

23 outubro 2014 - 13h58Por Sérgio Meirelles

O povo brasileiro está prestes a decidir quem governará o país nos próximos quatro anos. A mesma decisão será tomada pelos eleitores de 14 estados que escolherão seus mandatários. Faltando apenas três dias para o segundo turno das eleições 2014, é bem provável que a maioria tenha se definido. Mas, com certeza ainda há muita gente indecisa que só deve se decidir após assistir pela televisão, hoje e amanhã, os dois últimos debates dos candidatos ao governo do estado e à Presidência da República.

A Folha dos Lagos foi às ruas para saber de alguns leitores/eleitores se os debates organizados e mostrados pelas TVs os ajudaram na escolha do candidato ou se não serviram para nada. Apesar de terem reclamado da postura dos candidatos que optaram pela agressão mútua em vez de mostrar as suas propostas de governo, a maioria dos entrevistados diz que só se definiu em quem votar depois de assistir ao menos um embate pela televisão.

– Assisti a um debate apenas. E isso me ajudou muito a definir em quem votar – disse o sapateiro Matheus José Peçanha, de 28 anos.

Há pessoas, como o taxista George Ramos de Oliveira, de 43, que esperou encontrar a ajuda que necessitava para escolher em quem votar nos debates televisivos. Mas, depois de ver os candidatos se digladiando ao vivo em vez de dizerem ao eleitor o que pretendiam fazer caso fossem eleitos, George se indignou e decidiu anular seu voto tanto no primeiro quanto no segundo turno.

– Os candidatos fugiram do foco e partiram para ofensas pessoais. Fiquei tão revoltado com isso que resolvi não votar em nenhum deles – desabafou.

A salgadeira Lidiane de Sena, de 36, está decepcionada com os candidatos ao governo do estado e à Presidência da República. Ela contou que não conhecia nenhum deles e que queria ter escolhido no primeiro turno aquele político que a convencesse de suas intenções e que oferecesse aos brasileiros uma esperança de um país melhor. Sem resposta às suas expectativas, Lidiane confessa que seu voto não foi consciente.

– Votei por votar. Assisti a alguns debates, mas os candidatos preferiram brigar em vez de apresentar suas propostas. No segundo turno, quero votar consciente. Por isso vou assistir os últimos confrontos – disse esperançosa.

A comerciante Rayana Cedro Nogueira, de 20, vai votar este ano pela primeira vez em sua vida. Ela disse que assistiu ao menos três debates pela televisão e que isso a ajudou a definir seu voto. Mas a jovem criticou o comportamento dos candidatos na TV e disse que não assistirá os últimos encontros.

– Acusações mútuas e ofensa não ajudam em nada. Já sei em quem votar. Não me interessa mais assistir os candidatos brigando pela TV – decidiu-se.

O gari Fernando Pereira, de 54, acha normal que os candidatos se agridam nos debates. Mas ele confessou que eles não o ajudaram muito na escolha.

– Ainda não sei em quem votar. Vou assistir os dois debates para me decidir – disse.

A dona de casa Marina Miranda Gomes, de 66, se queixou que no primeiro turno os debates não lhe ajudaram a escolher o seu preferido a governador deixando-a ainda mais em dúvida. Para o segundo turno, ela se definiu sem a ajuda dos candidatos.

– Não quero mais ver debate algum. Já sei em quem vou votar – reclamou.

O ambulante Norberto do Nascimento Conceição, de 34, disse que as ofensas trocadas entre os candidatos lhe incomodaram muito, mas apesar disso se valeu dos debates para escolher seu candidato.

– É lamentável esse tipo de comportamento. Mas essa é a única forma que tenho para decidir a quem dar meu voto – arrematou.

A secretária Valéria Leal, de 35, buscou outras fontes para decidir-se em quem votar.

– Os debates na TV não ajudaram muito. Por isso me informei sobre os candidatos na internet.