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Educação de Cabo Frio atribui mau resultado no Ideb a greves e crises a partir de 2016

Secretaria diz que fará 'avaliação criteriosa' por não ter atingido as metas no ano passado

17 setembro 2020 - 21h13Por Redação

A Secretaria Municipal de Educação de Cabo Frio se posicionou após a divulgação dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 2019. O município ficou em último lugar na região, ao obter nota 5,0 (meta de 5,8) nas séries iniciais; e de 3,6 (meta de 5,6), nos anos finais. As turmas do 3º ano do Ensino Médio também foram avaliadas e conseguiram índice 3,6 (meta de 3,8). De acordo com a pasta, as sucessivas crises no setor desde 2016 foram fatores que influenciaram no resultado. 

Por meio de nota, a pasta disse que recebeu o resultado ‘com preocupação e responsabilidade’, mas ressalta que o índice é calculado por meio de dados de anos anteriores, nos quais ‘o país tem enfrentado crises políticas e financeiras que refletiram diretamente no município’. 

No texto, a secretaria informa que é necessária uma ‘avaliação criteriosa’ para fundamentar as razões dos números abaixo das metas, mas frisa que a crise iniciou em 2016, com o longo período de greve dos servidores, que ficaram com quatro meses sem salário; a transferência de muitos alunos para outras redes de ensino pela falta das aulas, que acarretou na diminuição dos recursos provenientes do Governo Federal, como o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). 

A pasta destacou ainda que a continuidade de anos escolares em anos civis diferenciados devido às greves intermitentes por parte dos profissionais nos anos subsequentes e a evasão escolar ocasionada pelos mesmos fatores já indicados. 

Melhorias – Na nota enviada à reportagem, a pasta informou que “segue empenhando todos os esforços para melhorar o processo de ensino-aprendizagem na rede, investindo em ações como a promoção de cursos de formação continuada aos profissionais e a reabertura dos Centros de Atendimento Pedagógico (Cenapes) para alunos com transtornos funcionais e dificuldade acentuada de aprendizagem”.

Sobre o atual momento, a secretaria diz que “diante da suspensão das aulas presenciais e adoção de atividades remotas por conta da pandemia do novo coronavírus, torna-se evidente que, a partir do retorno dos alunos às escolas, serão necessárias ações de diagnóstico do aprendizado, retomada dos conteúdos trabalhados, permanência da oferta de formação continuada aos professores, acompanhamento dos estudantes com deficiência e dificuldades, assim como a realização de um projeto de correção de fluxo, como forma de mitigar as possíveis desigualdades educacionais e superar os problemas na área pedagógica”.