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Educação confirma greve e pressiona governo

Servidores da rede municipal de ensino cobram fim dos parcelamentos salariais e prefeitura se defende 

10 setembro 2019 - 20h31Por Rodrigo Branco
Educação confirma greve e pressiona governo

Pelo quinto mês consecutivo, a Educação de Cabo Frio paralisa as atividades  por causa do fracionamento salarial entre efetivos e contratados. Por causa disso, a categoria pressiona o governo para que a situação seja resolvida imediatamente. 

Uma audiência com o prefeito Adriano Moreno (DEM) está sendo pedida não apenas para por fim ao tormento de professores e alunos, como para discutir outros pontos da pauta de negociação que ficaram pendentes da última reunião, há quase quatro meses.

Servidores municipais realizaram ontem um ato na Praça Porto Rocha para exigir que os salários sejam pagos em dia para todos os servidores. 
De acordo com a coordenadora-geral do Sindicato dos Profissionais da Educação, Cíntia Pereira, não há motivo para o fracionamento por causa da verba do Fundeb e do recente liberação de R$ 15 milhões em precatórios, que estavam bloqueados pela Justiça.

– Mais uma vez o governo não pagou os servidores contratados. Até o dia de ontem (anteontem) havia alguns efetivos sem pagamento. Com isso, a resposta da assembleia não poderia ser outra, porque sem salários não tem condições de nenhum trabalhador continuar exercendo a sua profissão até porque Cabo Frio não paga vale-transporte ao contratado e muitos não têm como se deslocar – disse Cíntia, que  afirmou receber várias denúncias de assédio moral praticado nas escolas da rede municipal. 

Outros atos estão marcados e uma assembleia para avaliação do movimento vai acontecer amanhã.

Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio negou estar pendente com servidores efetivos e disse que cumpriu o calendário de pagamento referente a agosto ao longo da sexta-feira (6). Para hoje, está previsto o pagamento de todos os contratados da pasta.

Até o fechamento desta edição, a Secretaria de Educação não havia fechado levantamento para apurar a adesão à greve.  


O governo municipal alega ainda que, em agosto, os inspetores de alunos e auxiliares de classe efetivos tiveram reajuste de 20%, em decorrência da isonomia salarial com os agentes administrativos, “antiga reivindicação desses profissionais”.


Além disso, a prefeitura disse que inspetores e auxiliares receberam, também, valores retroativos referentes a junho e julho deste ano, e que a partir de junho de 2019, todos os efetivos que fazem parte do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da Educação tiveram reajuste de 8% pagos no salário de junho.


Por fim, a secretaria diz que passou a pagar insalubridade de 10% para os ASGs que trabalham em  sanitários.

 

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