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paralisação

Educação aprova paralisação de 72 horas a partir de segunda (12)

Governo acena com reparcelamento de dívidas, mas proposta não foi bem recebida

10 junho 2017 - 09h18Por Redação I Foto: Divulgação Sepe
Educação aprova paralisação de 72 horas a partir de segunda (12)

Os servidores municipais da Educação aprovaram em assembleia na noite desta sexta-feira (10) uma paralisação de 72 horas nas atividades a partir desta segunda-feira (12). A categoria reclama o atraso nos pagamento do salário de maio, sobretudo dos contratados. O quinto dia útil do mês, data estabelecida para o honrar o compromisso foi na quarta (7). O governo acenou com uma proposta de postergar o pagamento dos contratados ao fim do contrato, dentro de dois meses, mas ela não foi bem recebida pelos trabalhadores. Além disso, o prefeito Marquinho Mendes afirmou que vai apresentar um reparcelamento das dívidas referentes aos atrasados dos últimos ois anos que ainda não foram pagos (leia abaixo).

Na assembleia, também ficou definido que será feito um novo ato em frente à prefeitura, seguido de caminhada pelas ruas da cidade, na segunda (12), a partir das 9 horas. O calendário de manifestações terá ainda o acompanhamento da sessão da Câmara na terça (13) e panfletagem no Largo de Santo Antônio seguida de assembleia, na quarta (14). Fora isso, sera feita uma campanha virtual contra os vereadores nas redes sociais. 

Governo propõe reparcelamento de atrasados de 2015 e 2016

Após reunião com representantes dos servidores da Saúde e da Guarda Municipal, o prefeito Marquinho Mendes (PMDB) se comprometeu a apresentar um reparcelamento dos salários de 2015 e 2016, ainda não quitados, nesta segunda. As categorias já marcaram assembleias para debater a proposta.

O prefeito explicou que a renegociação não era o imaginado, mas relembrou que muitas folhas foram quitadas no período de maior arrecadação do Governo Municipal. Além disso, ele relembrou que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) está bloqueado.

– Não posso prometer aquilo que não tenho como cumprir. Nossa arrecadação não corresponde à divida que temos. Já avançamos muito em relação às pendências deixadas pelo ex-prefeito, mas, as que ainda restam, estamos nos esforçando ao máximo para honrar. Vamos pagar a todos, mas preciso da colaboração de vocês – disse o prefeito.

Na última quinta-feira (9), o prefeito também se reuniu com o Sindicato Estadual Profissional da Educação (Sepe) e as explicações não foram bem recebidas pela categoria. Os servidores esbravejaram nas redes sociais pelo descumprimento do acordo judicial feito entre as partes.

No entanto, a Educação, que tem verbas exclusivas enviadas pelo Governo Federal, está com os pagamentos mais adiantados. Os concursados tiveram o salário atual depositado dentro da data de vencimento. O governo afirmou que a equiparação dos salários com os contratados inflou a folha.
O governo propôs uma folha suplementar para quitar a diferença ao final dos contratos.

Veja abaixo como está o panorama do pagamento dos acordos, segundo a prefeitura:

O que foi pago:

2015

Educação - 1/3 Férias

Aposentados - 3 parcelas do 13°

2016

Educação - Outubro, Novembro, Dezembro e 13º

Administração - Setembro (parcela), Outubro (integral), Novembro (50%)

Guarda - Novembro (parcela) e Dezembro (parcela)

Saúde - Outubro (integral) e Novembro (parcela)

Aposentados - Outubro e Novembro

O que falta:

2015

Educação - dois quintos do 13° salário 

Demais servidores - 1/4 do 13° salário

2016

Educação - Tudo quitado

Guarda - 13°

Administração e Saúde - 50% do salário de novembro, salário de dezembro e 13°

Aposentados - Dezembro e 13º