A ação de marketing que marcou a distribuição da segunda edição do Cadernos Cidades nesta sexta-feira (19) em São Pedro da Aldeia teve uma atração especial que conferiu um grande sucesso ao evento. Para animar a manhã dos leitores que passavam pela Praça Plínio Assis Tavares, conhecida como Praça do Canhão, o trompetista Diogo Matos passeou por vários estilos musicais desde os clássicos da MPB até músicas eruditas, o que chamou a atenção dos aldeenses para conferir o conteúdo do tablóide que circula mensalmente pelo município. A publicação da Folha dos Lagos reúne em 12 páginas reportagens sobre cultura, entretenimento, história, personagens, educação, entre outros assuntos.
O vice-prefeito Iédio Rosa, de 72 anos, que esteve no local, lembrou com nostalgia sobre a época em que a cidade ainda contava com os trens como meio de transporte, em referência a uma das reportagens do Caderno Cidades. Ele falou da importância de se resgatar a história e cultura do município, já que muitos moradores desconhecem as origens de São Pedro. Para o vice-prefeito, a iniciativa da Folha pode ser considerada uma relíquia, inclusive para os alunos, que terão uma fonte de consulta com uma linguagem mais dinâmica com o formato tablóide, que, para ele, facilita muito mais a leitura, tornando-a convidativa.
- Trabalhava como doceiro nos trens. Vendia meus doces no trajeto para Cabo Frio e quando não dava para descer na estação de São Pedro esperava o maquinista diminuir a velocidade na curva para saltar da composição. Era uma forma divertida de ganhar dinheiro – brinca, acrescentado que o município tem um projeto relacionado a passeios de barco pela Lagoa, a partir da Praia do Centro até o Sudoeste, com o objetivo de incrementar o turismo.
Para o carteiro Antonio Marambaia, o fato de inserir melodias ao contexto de divulgação do periódico já revela o diferencial proposto pela linha editoria do jornal.
- É muito mais prazeroso ser convidado a conhecer algum produto por meio de um instrumento erudito do que através da voz de uma pessoa ‘massacrando’ a nossa cabeça por intermédio de um microfone. Toda a equipe da Folha está de parabéns, inclusive pelo conteúdo jornalístico do tablóide, o que já é um grande diferencial na cidade e na região – ressaltou o funcionário dos Correios, que é casado com uma cantora gospel e morador do bairro Praia Linda.
E para ratificar a receptividade da edição do jornal vários leitores deram sua contribuição com excelentes sugestões de reportagens para a próxima edição. É o caso do comerciante Paulo Roberto Nadler, de 50 anos, morador do bairro São João, que recomendou alguns temas relacionados ao lazer ao ar livre na cidade.
- O Caderno Cidades é uma excelente iniciativa para os aldeenses, que agora podem contar um canal de comunicação, onde os moradores possam estar inseridos. Era realmente o que estava faltando para a cidade, um espaço com o qual o morador se identifique, opine, sugira. Excelente projeto – festejou o comerciante.
Já a cabeleireira Sara Wagner York, de 38 anos, que atende no centro da cidade, não poupou elogios ao periódico:
- Sou estudante do curso de Letras e este projeto irá me auxiliar muito nos meus estudos. Toda iniciativa que facilite o acesso à informação é muito bem vinda. Moro somente há um ano na cidade, mas estou adorando iniciativas louváveis como esta.
O aposentado Nilson Lima festejou ao ver um amigo de infância em uma das reportagens da edição:
- Exatamente de jornais como estes que precisamos. Uma edição gratuita que fale da nossa gente, da nossa terra. Ver a nossa realidade refletida em um periódico. Muito bom!
A comerciante Shirley Maria Teixeira, de 48 anos, que nasceu e foi criada na cidade diz que não tem nada contra a visita de turistas nos meses de alta temporada, no entanto, lembra que são os moradores da cidade que mantêm o seu negócio, iniciado em 1985:
- É um belo presente para a população aldeense, que precisava de iniciativas como estas: conhecer suas próprias histórias, lendas, ‘causos’. Muitos pensam que a nossa cultura se resume a uma praça, uma casa de azulejos e algumas praias. Temos que valorizar as nossas origens, histórias dos pescadores, que construíram a nossa cidade; a nossa feira livre, que oferece produtos frescos cultivados pelos próprios feirantes e tantos outros assuntos que falam sobre cada pedacinho da cidade – ressaltou a comerciante