O destino do Colégio Rui Barbosa estará em discussão esta tarde durante uma reunião no Ministério Público, comandada pela promotora da Infância e Juventude, Luciana Nascimento e que contará com a presença de representantes do governo municipal e da direção da escola, além de integrantes do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos) e um grupo de estudantes.
Para a comunidade escolar, a expectativa é que o governo apresente planilhas que comprovem que os gastos com o Rui e as demais unidades do Ensino Médio inviabilizam a manutenção dessas escolas e, ao mesmo tempo, do Ensino Fundamental e da Educação Infantil, essas últimas obrigações constitucionais dos municípios.
– Cadê os dados? Falar é fácil. Se ele não mostrar esses dados, vamos continuar achando que ele tem dinheiro suficiente cumprir sua obrigação com as creches e também manter o Ensino Médio – disse Márcia Marques, diretora do Rui Barbosa.
Enquanto a situação não se define na esfera jurídico-administrativa, alunos e professores pressionam o governo a desistir da intenção de estadualizar o Ensino Médio. Para hoje está marcado um ato, às 8 horas, em frente à sede da Secretaria de Educação, no Centro. Na Câmara, os vereadores, a maioria da base governista, também estão sendo intensamente cobrados. Ontem, um grupo esteve na sessão para protestar. Amanhã, a tribuna livre será usada para falar sobre o assunto. Previsto na Lei Orgânica, o Ensino Médio municipalizado teria que ser derrubado por ação dos parlamentares.
Em nota, a Prefeitura confirmou que enviará representantes para a reunião e reiterou que existe uma recomendação do MP para que a rede municipal não realize matrículas para turmas de 1º ano do Ensino Médio em 2017. Segundo a administração municipal, o objetivo da reunião de hoje será analisar os dados referentes ao Rui, a fim de que se possa chegar a um entendimento sobre o assunto.